quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O ANDAR DE UM SONHO


Pediu para a portaria do hotel não avisá-la de sua chegada.
Faria uma surpresa. Pensou...
Ele tomou o elevador e subiu para o décimo segundo andar de seus sonhos.
Seu coração batia acelerado, a respiração ofegava, o sangue ebulia nas veias, o corpo magro e atlético tremia à expectativa do amor. Fechou os olhos na solidão do elevador que subia em direção do sonho... O sonho... Desejou-a pela milésima vez dentro do sonho. Um volume cresceu protuberante dentro das calças alimentado pelo suor de toda a sensualidade que exalava de seu ser.
Chegou à porta do quarto.
Abriu-a lentamente.
O quarto na penumbra, uma penumbra erótica e macia.
Olhou-a e ela estava na cama, nua, o corpo delicioso e branco aguardando-o para o amor. Viu-lhe as formas, as curvas, o corpo todo geograficamente gostoso: planícies planas, relevos cheio de contornos, dois belos e altos montes no centro de tudo.
Apaixonou-se de novo por aquela mulher no décimo segundo andar do sonho.
Chegou mais perto dela para lhe beijar... Lhe beijar...
Ela dormia. Ela dormia! Ela dormia...
Ficou quietinho, ainda que armado de desejo e aconchegou-se ao seu lado de mansinho. Para quem haverá esperado a vida toda, esperaria por mais um pouco... Além de tudo, seria delicioso ser acordado por ela, com ela...

Fariam amor pela manhã, ao alvorecer....

Um comentário:

Cris França disse...

os amores nos sonhos são sempre lindos, só perdem para os amores de verdade.
Muito lindo e sensual este texto, e para mim que leio a algum tempo, permita-me comentar que sinto saltar um nova veia poética em você, este texto tem um estilo novo. Ficou muito bonito e diferente. Um beijo.