quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

VAYA CON DIOS, VIEJO NAVIDAD !!!!!


Mais um Natal se passou, mais um que vai se juntar a tantos outros!
De minha parte não restou muita coisa.
Muitas gargalhadas com bons amigos.
Mais um Natal trabalhando....
Mais um Natal que a felicidade se desdobrou pelas metades.

Não falo para causar tristezas.
Não sou desses que choram por chorar ou que buscam compaixão e a piedade alheia.
Sou forte e orgulhoso o suficiente para suportar meus próprios sofrimentos – de certa forma, os amo, neles me faço mais forte, neles me preparo para batalhas mais grandiosas que virão pela frente. O grande sofrimento não é o de hoje em nossas vidas, será sempre aquele que está por vir.

Simplesmente, tenho de ser verdadeiro comigo mesmo!
Não quero mais ficar com pessoas que não me amam!
Não quero mais rir as gargalhadas que são de outros!
Não quero ouvir as canções que outros ouvidos amam!

Eu tenho meus pecados, é certo, mas o maior deles é o meu comodismo. Estou recitando isso agora como se fosse um mantra!
Ando aceitando fácil tudo o que se tem para se aceitar.
Venho tendo a resignação como sobrenome.
A covardia vem em seu mais belo vestido de sossego.

Eis que o ano novo bate às portas, minha e de todos nós.
Vou mudar muita coisa em mim no novo ano.
As roupas que visto.
Um novo vocabulário.
Uns textos com novas construções, chega de melancolia de tanta poesia, vou escrever idéias e a realidade.
Quem sabe uma nova vida.....

E, se me encontrares por ai, em qualquer ambiente, virtual ou não e achares que estou diferente, não se aflija, não se assuste, estarei mesmo diferente, são os novos ares que estarei respirando buscando entender de que forma a felicidade deve ser acomodada em mim.

Que venham as mudanças e o novo ano, espero que tudo seja melhor, para mim e para você, meu amigo de sempre (virtual ou não!)
Serei feliz nesta nova vida que me está nascendo!
Sejas feliz neste novo ano que lhe está nascendo!!!

sábado, 22 de dezembro de 2007

O OLHAR DA MEDUSA

O jovem chegou assustado na cadeia, esta velha medusa!



Se ela aterroriza o coração dos mais velhos e preparados imagina o que não faz com os imberbes.


Ah! E que prazer a cadeia tem em capturar essa gente quase infantil! Todo o seu corpo volumoso se estremece num frenesi orgástico, suas gorduras todas balançam dançando ao som de uma vociferante gargalhada. A velha medusa é mesmo uma megera indomável.


Ele olhou para os agentes como se visse uma alcatéia de lobos famintos. Tentou conter uma lágrima e não conseguiu, ela rolou ali mesmo na área de segurança tentando desesperadamente segurar-se numa coragem que não mais existia.
Seu crime foi bárbaro, um fratricídio, uma espécie de “remake” de Caim matando Abel.


Quis saber a verdade de suas lágrimas.
Por quem choraria o jovem criminoso?
Choraria pela dignidade perdida?
Choraria pela memória do irmão assassinado?
Choraria pela liberdade que lhe escapou?


Não houve como saber, ele foi rapidamente engolindo pelas entranhas da cadeia, foi-se, marcando seu caminho com seu sofrimento pagão.


Afinal, não ouso dizer que senti piedade de sua dor. Se houvesse que haver lágrimas de minha parte não deveriam sê-las todas pelo irmão morto? Não cabe a mim julgar, morto e vivo, nem chorá-los mais! A cadeia também alcança o sentimento dos agentes. Cabe a nós tentar fazer com que a serenidade resista em meio aos escombros desses quotidianos conturbados e, então, encontrar fórmulas para que o coração do garoto sobreviva e, se possível, transforme-se em algo que não seja pedra.


O olhar da medusa realmente aterroriza...

Ilustração: Medusa, Tela de Caravaggio.

sábado, 15 de dezembro de 2007

UM NOVO EU!

À procura de um novo texto experimentei diversas técnicas e muitas sensações. Descartei tudo isso, não vou encher de protocolos (ainda mais!) a minha vida! Porque eu quero agora é experimentar o inusitado, quero o diferente, nunca quis ser mais um rosto na multidão e nesta fase de minha vida desprezo ainda mais a mesmice e a massificação. Se todos preferem algo, eu vou para a direção contrária, são todos tolos. E, isto em nenhum momento quer dizer que eu seja mesmo esperto, está aí algo que não sou: esperto! O que eu sou, é o que tenho, e tudo o que tenho é minha própria personalidade – no erro e no acerto!

Sei que alguns, principalmente àqueles que não me conhecem pessoalmente, acreditarão este parágrafo arrogante. Não descarto essa possibilidade e não os condeno, terei que conviver com esta possibilidade e com este julgamento – ter personalidade é assumir riscos, é assumir posturas, para bem e para mal! Condenem-me se quiserem, amigos, até a hora que a fogueira se acender manterei minha posição de tentar ser diferenciado e pregar esta diferença como uma posição ideológica e filosófica de vida.

Não quero ser um Messias nem quero seguidores! A verdade de todos vocês talvez não seja a minha, e donos de diferentes verdades a felicidade seguirá caminhos igualmente distintos! Além do que, andei muito nestes últimos anos falando da felicidade como se ela fosse um karma, totem, ou um escalpo a ser arrancado. Sabe, desisti de dar o papel de protagonista a este tema, quero mais é que se dane a felicidade e as suas vestimentas todas, vou correr atrás dela nu e farei amor com ela por sobre um lençol de rosas vermelhas ou no chão duro do sertão – serei feliz do jeito que vier, do jeito que dar, do jeito que puder!

Este é meu novo eu, se escandalizo ou se agrego não me tem mais muita importância – não busco minha promoção nem minha desgraça pública.

Não vou mesmo é me adaptar....

....ao sistema!
....ao amor!
....a vocês!
....a nada mais....

Porque ao não me adaptar, estarei sempre em estado de alerta, e o papel de atalaia me serve mais a esta nova fase.

Atento, para o amor, em total plenitude da palavra!
Atento, para a vida, em total plenitude da palavra!
Atento, para agarrar a felicidade na hora que ela mostrar a sua cara!!!!

sábado, 8 de dezembro de 2007

QUANDO OS DEUSES ERRAM...


Mas o que gostavam mesmo era de ficar todos ao seu redor, olhando-a, admirando-a, idolatrando-a como súditos de Vênus. Bebiam seus sorrisos como se sorvessem o mais doce néctar dos deuses; respiravam cada suspiro que escapava daqueles lábios feito no mais belo veludo, o último pedaço de veludo da mais pura qualidade que os anjos haviam tecido no céu.
Sua beleza possuía um toque qualquer de Midas que lhe facultava o Dom do sucesso. Suas piadas, algo insossas, eram gastas até o último caroço com as gargalhadas masculinas; sua sede, saciada com baldes d’água oferecidos em copos de cristais pelos homens; não havia comida que não experimentasse antes; todas as novidades eram-lhe ofertadas na bandeja do primeiro lugar; e todos os sonhos masculinos daquele lugar esquecido pelo Criador tinham-na como protagonista.
Tanta veneração colocava-a num pedestal. Seu elogio, um olhar, um pequeno sorriso descompromissado, colocavam seu destinatário no Olimpo, uma benção instantânea, ainda que descartável. As verdadeiras bênçãos são aquelas que vêm impregnadas de amor, e o coração da musa já conhecia esse sentimento, era uma terra conquistada com bandeira já fincada. Até mesmo as Deusas possuem seus defeitos....
Por outro lado, esta idolatria carregava sua maldição.
Uma leve contrariedade, um olhar oblíquo de desdém, uma negação, uma crítica (cruz credo!), levavam seu interlocutor ao Hades, num abraço fatídico com Plutão. Infeliz, esse homem! Sofreria o pior dos martírios, como se criassem especialmente para ele um décimo circulo no inferno de Dante. Alma decadente, atirada aos cães.
Quis Zeus, entretanto, que sua bela fosse tão generosa quanto linda e jamais seria capaz de, voluntariamente, exilar alguém assim para o País do esquecimento. Suas qualidades todas, um conjunto mavioso de poesia divina, só sabiam aglutinar, jamais separar!
Mas mesmo o pai dos deuses pode errar! Em sua pressa de dar ao mundo um anjo, a fez com um único coração para amar! Devia ter posto em seu peito mil corações, todos eles virgens desse sentimento que move os homens ou então desprovê-la de um, torná-la uma branca estátua em mármore, sem capacidade para amar. Porque para as deusas não existe saída, ou ama a todos, ou não ama a ninguém, jamais ser somente de um só!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

FELIZ DIA QUALQUER!!!!


Feliz dia qualquer!
Prepare uma bebida saborosa
(e gelada, se preciso for!).
Faça aquele almoço especial
E convide os seus amigos para comemorar!
Comemore o sol que nasceu!
Mais um dia que viveu!
Comemore a saúde,
A comida,
a bebida,
a vida.
Comemore as pequenas coisas,
Porque as grandes já têm amplos destaques!
Um feliz dia qualquer,
Saído do nada, mesmo!
Para se comemorar por comemorar,
A alegria não precisa de motivos.
Sorria para toda a gente,
Dê pontapés na tristeza e no mau-humor.
Comece a rir de besteiras,
E deixa as lágrimas somente para tragédias,
se tragédias mesmo houver....
(Não as invente!).
O mundo já nos dá muitos sofrimentos
Para que ainda mais os criemos!
Peça dispensa hoje, de tudo,
Do trabalho, de toda a chatice,
Neste feliz dia qualquer.
De este dia, todo ele, para você,
A vida é curta,
E os bons dias mais curtos ainda!
Feliz dia qualquer para você!