sábado, 30 de maio de 2020

QUANDO O ANDARILHO SE ENCONTRA...


   
pequena homenagem ao dia 30 de maio

Fui um andarilho.
O pior deles, sequer sabia que era um.
Acreditava que a minha vida estava em minhas mãos,
Quando ela escorregava por entre os dedos,
Feito um punhado de água.
Um dia, entretanto, te encontrei numa dessas curvas
Que a vida nos apresenta.
Estavas à beira do caminho,
Ajoelhada e de face voltada para o céu,
Pois para o céu sempre foi teus olhares e
Teus mais íntimos e nobres pensamentos.
Desviastes do Divino teus olhos,
Por um breve momento,
E olhastes dentro dos meus.
Sorristes... sorristes na face e na alma.
Recebi seu sorriso, na face e na alma.
Aconchegastes minha cabeça em teu colo,
E tuas mãos suaves e delicadas
Afagaram meus cabelos
Como se tricotasse paz e sossego.
Conversamos... sobre pequenos príncipes e
Sobre contingências da vida,
Falamos sobre Deus e aprendi
Coisas que nunca havia ouvido sobre o Aba.
Quando nos despedimos,
Eu voltei para meus caminhos andarilhos,
Voce para suas orações.
Eu não caminhava mais sem rumo,
Buscava uma estrada que levasse até você.
Tu me acrescias em teus clamores,
A minha vida alcançava suas súplicas e
Através de você, o céu.
Linda intercessora.
N’outro dia, eu voltei.
Não mais andarilho.
Sabia agora para onde ia,
Para onde queria chegar.
Abristes a porta de tua casa novamente,
Abristes também o teu coração,
Entrei em tua casa,
Refugiei-me em teu coração.
Quando ajoelhastes naquela noite,
Não o fizestes mais sozinha.
Eu estava contigo...
Orava contigo agradecendo as bênçãos desse amor.
Obrigado, Senhor! Obrigado!
Clamei ente lágrimas para o Aba.
Fui andarilho nesta vida,
Andando por muitos corações áridos,
Mas Tu me trouxestes para o meu lugar,
Debaixo de Tua mão
E dentro do recinto onde mais amo estar:
O coração do meu amor!
O Aba sorriu feliz...
... e eu mais ainda!!!