segunda-feira, 21 de março de 2011

Pequeno suspiro de liberdade

“Pare, filho, pare! Desça, vamos, desça... Feche seus olhos... abra os braços... Sinta o vento, meu filho! Sinta o vento.... Sinta....”

sábado, 12 de março de 2011

O ESTRANGEIRO


Eu sou um estrangeiro.
Sou um estrangeiro dentro de mim.
Eu mudei muito nos últimos tempos,
Mudanças rápidas demais que não foram acompanhadas
Pela percepção que eu tenho de mim mesmo.
Alguns me olham e apontam: Ele ficou melhor assim!
Outros me vêem melhor do outro jeito.
Isso não me afeta, ninguém jamais foi e
Jamais será consenso.
Nunca busquei unanimidade,
Principalmente agora que novos valores
Mais contundentes se juntaram
Ao rol dos antigos já incrustados em minha personalidade.
Não quero ficar estabelecendo méritos,
Muito menos sobre eu próprio.
Este é melhor do que aquele Eu,
Penso esta discussão fútil e pequena demais.
Tanto o antigo como o novo Eu sempre preferiram
debates mais edificantes.
Minha personalidade somente interessa a mim próprio
E aos linguarudos de plantão.
Mas essa gente, os linguarudos, é pequena por natureza...
Lógico, que todos devemos conhecer o outro,
Estabelecer o que ele tem de bom e de mau,
Mas não para fazer disso armas contra ele,
E sim, para facilitar nossos encontros, nossa amizade,
Para estabelecer atalhos onde as coisas ruins de ambos
Não convirjam para o mesmo caminho das boas.
Eu sou um estrangeiro em mim mesmo.
E tenho procurado me entender para me fazer melhor.
Essa é a minha busca ontem, hoje e sempre.
Procurar me fazer melhor,
Para mim próprio,
Para aqueles que me rodeiam.
Se mudei foi para adaptar-me as novas contingências,
Isto é bom não é verdade?
A evolução continua em mim,
E enquanto ela for-me uma benção,
Eu estarei me adaptando às vicissitudes.
Eu sou um estrangeiro em mim...
Por enquanto...