terça-feira, 31 de julho de 2012

BALADA DO AMOR PREMENTE


Amo-te!
Como pode querer que eu tenha calma?
Tenho urgência de ti...
Como acalmar o dragão dos desejos
Que exala seu hálito quente de dentro de mim?
Dentro de mim habita o desespero dos que amam,
Ardendo no fogo dos prazeres que me dás.
Se me pedires para falar de algo,
Falar-te-ei da angústia das horas
Em que tu vives ausente
Dos desejos da minha boca
sedenta dos teus beijos e
dos teus sabores...
Da ânsia de querer amar-te...
Dos devaneios de prazer em que te imagino...
E então entenderás
Que amo-te!
Doce e selvagemente!
Intensa e livremente!
Longe dos pudores e dos cuidados vazios,
Porque desconheço outra forma de amar,
Se não amando-te
Com a totalidade do meu ser:
Alma...
Corpo...
E Coração...

domingo, 22 de julho de 2012

CRÔNICA PARA OS QUE FORAM ANTES...



Algum tempo atrás estávamos juntos e éramos todos.
Hoje, vários se foram, e somos apenas alguns que se juntaram aos que chegaram e seguimos nesta trilha cheia de espinhos e algumas flores em que seguimos.
Hoje amanheci com saudades de todos eles.
Lembrei de alguns rostos, de alguns sonhos, de algumas obras, lembrei dos sorrisos e dos desejos que se foram com eles todos quando eles partiram.
As flores sobre os quais se deitaram murcharam pela força do tempo.
O próprio tempo apagou suas faces de algumas memórias e seus nomes repousam escritos friamente numa lápide em concreto.
E, deles, tudo o que ficou foi devorado pelos vermes.
Mas, em meu coração e em muitos outros ainda resiste essa memória doce que agora me assalta e encanta com uma saudade que acaricia meu sentimento.
Não se tem como atestar verdades nestas questões que envolvem o desconhecido, fica-me a impressão de que eles acertaram em suas existências já que as lembranças deles ainda me anima.
Se me vissem agora, veriam que uma lágrima escapa do meu rosto.
Por gentileza, não sintam compaixão por ela, por nada e por tudo, já que esta lágrima não testemunha dores ou sofrimentos, é apenas uma homenagem que sai gritada do meu coração saudoso por todos eles, todos eles que foram antes... que foram antes...

Um dia nós fomos todos.
Hoje somos apenas alguns.
Nosso lugar, assim como os do que se foram, serão tomados por outros.
E a vida seguirá sempre seu ciclo.
Uns se erguendo exuberantes e belos.
Outros caindo pois que seu tempo passou.
Mas dentro de toda a mentira que existe, pois viver é uma mentira, a verdade que abre seus longos e fortes braços sobre nós é que um dia partiremos todos.
E, no dia em que eu partir, que tudo o que tenha feito seja capaz de encher apenas uma memória, que seja suficiente para a maior de todas as verdades, erguer-me sob a mão do Senhor.
Que todos que se foram antes, estejam assim!
Amém!
Parto! Mas ainda estou por aqui...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

DOIS PALCOS E UMA MESMA PAIXÃO


Amor, Já me dissestes que amas a forma
como te toco,
como te abraço,
como te beijo,
até mesmo a forma como te olho.


Entendas, meu amor, entendas!
Quero que saibas definitivamente
a forma como te amo neste dois palcos:
o real e o virtual,
para que conheças a matéria dessa paixão.


Aqui no virtual
eu te faço a poesia,
pois pela poesia é que te mostro
o quanto te quero,
o quanto te amo,
o quanto te quero dar prazer.


Na vida real,
a poesia diminui nas palavras
porque a poesia vem vestida
em outras roupas, meu amor!


Na vida real,
esta poesia se veste
de beijos,
abraços,
toques
olhares,
e, em ambos os palcos,
tudo em mim te ama e te quer
com a mesma intensidade que conheces!


Entendas, finalmente,
que de um jeito ou de outro
eu te faço poesia.
Num cenário com palavras,
No outro com carinhos,
mas tudo poesia,
e tudo para voce!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

DOIS...

ela:


Quando voce goza,
é um breve momento que tento prender em minhas mãos.
É o momento que tu ficas frágil,
É como se eu pudesse ver teu coração
E isso me faz apaixonar ainda mais por voce!
Porque voce transita entre dois mundos!
Como um artista me domina
és forte,
és másculo,
e me submete a voce!
Ah! Mas depois que gozas!
Tu és doce, apaixonante,
e eu sei que faria qualquer coisa para
ter esse momento com voce!
Depois que gozas!!!
Parece que posso estar dentro de voce
e nessa hora
tu és meu de verdade!


ele:


Meu amor!
Escuta o que te digo,
pois o que digo sai pela minha boca
mas vem direto do coração!
O que falastes foi mágico,
e tenho a absoluta certeza
que jamais e em tempo algum
escutarei algo mais belo do que isso!
Tuas palavras é poesia e encantamento
e sinto o sentimento escorrer
feito mel de cada uma delas!
Te confesso ajoelhado no altar da verdade
Nunca haverá mulher para fazer amor
comigo como tu o fazes!


ela:


Me emocionei...


ele:


Não mais que eu...



quarta-feira, 4 de julho de 2012

A LUA POR TESTEMUNHA


... e ele a beijou de uma forma tão intensa que ela se encheu de uma paixão que não acreditava possuir, e esse excesso era todo dele, ele se esvaziava dentro dela.

E seus lábios percorreram sua face, seu pescoço, se deteve longamente em sua nuca, mordiscando, lambendo, beijando, brincando com sua boca na pele macia e cheirosa dela.

Enquanto isso suas mãos caminhavam vagarosamente por suas coxas poderosas e firmes, arrancando eletricidade em cada toque. Ele sentia a pele dela arrepiar-se e a cada novo arrepio nela, um outro se produzia em seu íntimo. Trocavam carícias, é verdade, trocavam mais sentimentos.

E ele a olhou nos olhos e falou de amor!
E ela o olhou nos olhos e simplesmente o beijou!
Os amantes sabiam se comunicar...

E, juntos, como se acordassem repentinamente, olharam para o céu negro e viram que a lua excitada os observava cheia de desejos.

A lua era testemunha.
A lua os invejava!

terça-feira, 3 de julho de 2012

NOVA CARTA DE AMOR PARA SER LIDA NUM NOVO DIA SEGUINTE...


republicação

Meu amor!


Não me canso de amar você...
Não me canso de fazer amor com você...
Acordei e tu já tinhas ido, apressada, para a vida e para todas as demais coisas. Deixou um bilhete ao meu lado, no mesmo lugar que, momentos antes, repousava teu corpo quente... Teu corpo quente. Li seu bilhete, primeiro com os olhos, depois com o coração. Lindo...


Eu te amo, meu amor, eu te amo!


Sei que já repeti isso uma centena de vezes somente nessa última noite de amor e que deves estar cansada de ouvir isso, mas preciso dizer tantas vezes mais, encanta-me falar sobre você, me renova e me energiza dizer que te amo.


Levanto e abro a janela.


O sol que entra toca e beija meu corpo nu, corpo que foi teu, que foi tocado e beijado por você. Sinto um arrepio intimo percorrer todo meu ser ao lembrar-me de seus beijos em mim. Excito-me com a sugestão de um pensamento do que foi... a noite... a noite... Queria te amar agora!


Sorrio, imagino-te em teu trabalho: documentos a assinar, telefonemas importantes, reuniões, decisões a tomar, diagramas e relatórios para serem analisados, uma rede de assessores trabalhando por você e para você. Por um instante, invejo seu trabalho... Por um instante apenas, porque sei que a noite serás minha novamente. O trabalho te tem na superfície, eu te possuo na intimidade.


Tomo um banho demorado, e um desjejum matinal mais demorado ainda.


Telefono-te e fico em silêncio, você também, ficamos em silêncio, sintonizados numa freqüência que é só nossa.


Eu te amo, digo-te entre suspiros e sorrisos.
Eu te amo, você responde entre sorrisos e suspiros.


Com o olhar perdido nas reminiscências saio para a rua, para a vida, para todas as demais coisas que não interessam que são compulsórias.


No caminho para o trabalho te mando flores, tuas preferidas.


Ao chegar ao meu trabalho, sobre minha mesa, flores, minhas preferidas, você as mandou.


Segue a vida, seguem as horas numa escala totalmente relativa, os dias são longos e demorados, as noites rápidas e maravilhosas, preciso encontrar uma maneira de ter você todo o tempo, meu amor, para mim... Para mim... Para mim...

domingo, 1 de julho de 2012

CARTA DE AMOR PARA O DIA SEGUINTE

     republicação
                                                                                                                                     
Meu amor!

Não consigo te dizer as coisas como deveriam ser ditas!
Em mim abriga a pequenez, não possuo a altivez dos grandes poetas, nem a fala mansa de amantes profissionais. Habita em mim o improviso e a imperfeição do coloquial. Sou feito de uma matéria que não entende a perfeição, que se assusta com ela, e que fica cego diante de sua opulência.

Tu és o contrario, minha vida!

Para você o pouco é bobagem, em ti habita o tudo e o especial, vive em você o extraordinário, flertas com delicadas carícias a perfeição. Amas com a intensidade dos vulcões, teu amor é palco e tema para as mais lindas poesias. Tua cama é um pedaço do paraíso aqui na terra, teus lençóis extensão de tuas mãos macias como veludo a acariciar este meu corpo impuro para este santuário. Amas, e o fazes baixinho, sem grandes alardes e pirotecnias tolas. Teu amor brota do seu coração doce, oculto por um par de seios que vigilantes aponta-me a todo o instante que sou eu o objeto desse amor.

Como se pode agradecer o milagre?
Como se toca o anjo que nasceu para te fazer feliz?

Tu ainda dormes, repousas e vejo teu colo respirar mansamente descansando da noite intensa de amor. Em teus lábios repousam a tranqüilidade, em tua face um sol brilha oculto somente aguardando a aurora do despertar de seus olhos lindos. Eu te amo, minha vida! Eu te amo! E é tão desesperado esse amor que tenho medo de tudo o que me separa de ti – de minha noite de sono, da hora que vou para o trabalho, do milésimo de segundo que dura o piscar de meus olhos ao te olhar sob a lua apaixonada.

Quero viver em você, de uma forma absoluta, meu amor! Quero me banhar na gota de suor que desprende de seu corpo ao me amar.
Quero repousar em seu bocejo de um tranqüilo sono da tarde.
Quero me prender no instante que dura a aproximação de nossas bocas para o primeiro beijo do dia.

Espera, vejo que acordas... Abristes os olhos, o sol se abriu para mim, teu sorriso me presenteou novamente com a visão do céu, tuas asas se abriram sobre os lençóis vermelhos de cetim, me convidas para um novo abraço e te entrego minha vida neste carinho. Eu sou teu agora, de novo e para sempre... E vamos voar sem destino e sem estações, a eternidade poderia ser um tédio se não houvesse tu a me guiar por ela, meu anjo!