sábado, 6 de junho de 2009

A FANTÁSTICA EXPERIÊNCIA ARACNÍDEA


O cientista pegou a aranha e começou a experiência.
Anotou em seu relatório: “A Aranha com oito pernas anda.”
Isto feito, retirou-a do compartimento de vidro, e mutilou o aracnídeo em uma de suas pernas.
A aranha, de volta para o seu espaço, andou perfeitamente ainda sem a perna faltante.
O cientista, prontamente, anotou em seu relatório: “A aranha com sete pernas anda.”
Pegou a aranha de novo, e retirou mais uma perna.
A aranha, retornando para o compartimento, andou com pouca dificuldade.
O cientista em seu relatório: “A Aranha com seis pernas anda.”
Catou o aracnídeo novamente e decepou mais uma perna do inseto.
A aranha de nova liberta e agora com cinco pernas, mesmo com alguma dificuldade, conseguiu andar.
O cientista em seu relatório? “A aranha com cinco pernas, anda, apresenta dificuldades.”
E, ato contínuo, arrancou mais uma perna da aranha e colocou-a de volta na caixa de vidro que servia à experiência.
Com quatro pernas, a aranha apresentou dificuldade, mas como estavam duas de cada lado, conseguiu se equilibrar e andou.
O cientista anotou em seu relatório: “Com quatro pernas, a aranha ainda anda.”
Devolveu a aranha para o pequeno recinto, após quebrar mais uma perna dela.
A aranha, somente com três pernas, ficou manquitolando, arrastando um de seus lados pela caixa, mas andou.
O relatório recebeu as observações do cientista: “A aranha com três pernas, anda se arrastando.”
E, tirou mais uma perna dela e a devolveu para o compartimento.
Por sua vez, vista com duas pernas, a aranha tentou andar e encontrou todas as dificuldades que sua situação lhe ofertava. Mas, era uma aranha determinada e saiu saltitando pelo compartimento de vidro.
O cientista, entusiasmado, cravou em seu relatório: “A aranha com duas pernas, não anda, saltita.”
E, arrancou mais uma perna da aranha e devolveu-a para a caixa.
Somente com uma perna para seu corpo, a aranha tentou se equilibrar, mas não houve jeito, assim, esfregou-se no chão da caixa e arrastou-se por ele, usando a força da única perna que lhe restava. Era uma cena bastante triste, ver aquela aranha aleijada de sete pernas.
Estupefato, o cientista &¨%$#@$ colocou em seu relatório: “Somente com uma perna, a aranha não anda, mas se locomove com extrema dificuldade.”
E, pasmem, arrancou a ultima perna da aranha.
Sem pernas, a aranha tentou se deslocar de alguma forma, mas não houve jeito, ficou ali parada observando o mundo e tentando entender os motivos de seu sofrimento.
O cientista cravou em seu relatório: “ A aranha sem pernas, não anda!”
Então, desligou as luzes do laboratório e foi embora satisfeito com os resultados de seu experimento.

Sinto não ter um texto diferente para vocês meus amigos.
Um texto que fale de otimismo, de amor, de fazer amor, de paixões, de amizade e de perspectivas belíssimas.
Ando em tempos onde os caminhos me levam por estradas que não são minhas!
Tenho de reaprender a fazer meus próprios caminhos... Eu aprendo, sempre aprendi, sou um sobrevivente dos dias difíceis.
Que fique a moral dessa história: Eu sou a aranha, sempre determinada a seguir em frente, ainda que apareça "cazzos" de cientistas &¨%$# para arrancar-me as pernas...
Eu seguirei em frente, meus amores!
Eu seguirei em frente....

5 comentários:

Bispa Djanira disse...

Que comovente...esses dias eu estou me sentindo assim também, dizem que almas sensíveis por vezes captam muito mais ou se envolvem muito mais no senso das coisas...é por aí.
Abraço.

Sonia Schmorantz disse...

"Conte a sua história ao vento,
Cante aos mares para os muitos marujos;
cujos olhos são faróis sujos e sem brilho.
Escreva no asfalto com sangue,
Grite bem alto a sua história antes que ela seja varrida na manhã seguinte pelos garis.
Abra seu peito em direção dos canhões,
Suba nos tanques de Pequim,
Derrube os muros de Berlim,
Destrua as catedrais de Paris.
Defenda a sua palavra,
A vida não vale nada se você não
viver uma boa história pra contar."
(Pedro Bial)

Na impossibilidade de entrar em detalhes, como eu gostaria imensamente como todos amigos que tenho, venho trazer um pouco de poesia e desejar que seu domingo, sua nova semana seja de mil cores, que tenhas muitas alegrias!

Um abraço

Sônia

Maria das Graças disse...

Uma comovente história. Na verdade é o preço que pagamos pela vida .E nenhuma espécie é poupada. A aranha com as dificuldades de ser quase uma coisa para o cientista que faz suas experimentações.Ela vai superando cada uma delas. Nós os humanos todos os dias temos provas a superar pela nossa fragilidade que não aceitamos. Quantas vezes ouvimos :- Sou uma fortaleza,nada derruba-me. Que ilusão! Somos frágeis e nossa vida, transitória.
As vezes em nossas perdas é que percebemos a realidade . Todos nós temos as nossas alegrias e dores; dúvidas e certezas.E uma das certezas é que a vida é uma dádiva .

Um grande abraço.

Cris França disse...

Gil

Talvez falte a aranha criatividade, afinal ela ainda pode tecer um fio de sua teia e com base em um ponto fixo poderia deslizar por ele...
Ou então coragem para morder a mão do cientista que tenta lhe tirar as pernas, antes de aceitar resignada que lhe arranquem as pernas.
ainda que assim mesmo ela não consiga vencê-lo terá pelo menos tentado...a gente perde muita coisa pelo medo de tentar não acha?

De qualquer forma vou guardar este teu texto aqui comigo, para não me esquecer nunca dessa lição e se permitires futuramente colocarei essa historia entre as minhas lá no Canto.

Um grande abraço...

Regina disse...

Ei amigo, não gostei dessa experiência aí que fizeram com a aranha!...

E espero que esse momento já tenha passado e que tua força seja como o da fênix, sempre renascendo das cinzas!

Beijo grande!