Escrever-lhe poemas foi um doce sonho que acalentei em minha juventude. Muitas vezes, lembro-me, ficava solitário, perdido em divagações, buscando na aridez da imaginação, no pouco talento, as verdadeiras e mágicas palavras que possuíssem a capacidade de se fazerem compreender e emocionar ao mesmo tempo.
E nessa espera agonizante, fiz algumas poesias...
Não traziam as frases trabalhadas de um Quintana.
Não traziam o talento insólito de Drummond.
Não traziam o mel da paixão das palavras de Vinicius.
Contudo, eram minhas e, principalmente, todo o meu amor estava nelas.
Meus poemas tinham na sua simplicidade, na sua ingenuidade, sua verdadeira força.
Suas verdades não eram mascaradas; seus sentimentos jamais escondidos. Meus poemas eram e sempre foram autênticos e abertos para o mundo.
Hoje em dia, quando me tomo a rabiscar folhas de papel em branco, sinto-me um estrangeiro em terras desconhecidas.
Meus versos não mais se identificam com meu passado de poeta. Talvez, os motivos sejam essa vida penosa de responsabilidades e escravidão ao relógio que vivo e vivemos; talvez, embruteci e meus sonetos e prosas embruteceram comigo. Todavia, luto. Luto para resgatar meu “eu”, o que havia de mais puro em mim. Conseguindo isso estarei novamente comigo mesmo. E, então, abraçarei meus poemas, antigos amigos, aqueles que mais me conhecem, confidentes, que me aceitam como sou, que mostram o meu caminho e o que tenho de melhor em mim...
E nessa espera agonizante, fiz algumas poesias...
Não traziam as frases trabalhadas de um Quintana.
Não traziam o talento insólito de Drummond.
Não traziam o mel da paixão das palavras de Vinicius.
Contudo, eram minhas e, principalmente, todo o meu amor estava nelas.
Meus poemas tinham na sua simplicidade, na sua ingenuidade, sua verdadeira força.
Suas verdades não eram mascaradas; seus sentimentos jamais escondidos. Meus poemas eram e sempre foram autênticos e abertos para o mundo.
Hoje em dia, quando me tomo a rabiscar folhas de papel em branco, sinto-me um estrangeiro em terras desconhecidas.
Meus versos não mais se identificam com meu passado de poeta. Talvez, os motivos sejam essa vida penosa de responsabilidades e escravidão ao relógio que vivo e vivemos; talvez, embruteci e meus sonetos e prosas embruteceram comigo. Todavia, luto. Luto para resgatar meu “eu”, o que havia de mais puro em mim. Conseguindo isso estarei novamente comigo mesmo. E, então, abraçarei meus poemas, antigos amigos, aqueles que mais me conhecem, confidentes, que me aceitam como sou, que mostram o meu caminho e o que tenho de melhor em mim...
7 comentários:
Mais a gente muda mesmo Gilberto!
Bjs.
Muito lindo mesmo...gostei.
abraços
Hugo
Nosso-Cotidiano
Eu também sou fã de carteirinha do Eastwood ! Não tem filme ruim com ele !
Abraços .
Poesia está na tua essência meu amigo querido, por mais que ela se perca e se afaste, sempre vai voltar à ti, ainda que venha em forma diferente.
bjo grande!
Gilberto, seus poemas nunca se embrutecem!
Eles continuam aí, dentro de você, sensíveis, verdadeiros...
Talvez vc é quem não consiga enxergá-los com sua excessiva auto-crítica...
Mas eles são lindos, sempre serão...
Beijo!
Certamente seus poemas amadureceram e hoje sao frutos daquela primeira vez que rabiscastes!
A gente sempre melhora,Gilberto.
Lindo texto. Gosto sempre mais.
abraços
Gilberto, seu doce sonho está sendo realizado! :)
Doces beijos
Postar um comentário