terça-feira, 27 de outubro de 2009

OS LARGOS CAMINHOS DA IGNORÂNCIA

Cervantes, era assim que se chamava!

Perguntou-lhe, quase desinteressado, movido pelo assanhamento da curiosidade, se ele sabia de onde virá o seu nome.

O jovem atirou-lhe uns olhos moribundos, cansados em seus 18 longos anos de vida, brilho opaco, entupidos de droga e álcool em demasia, na face repousava uma feição cretina e miserável, um sorriso estúpido. Respondeu-lhe:

- Eu não... Quem pôs esse nome doido em mim foi meu pai... Aquele louco...

E riu, sem qualquer fundamento, como se rir fosse a coisa mais natural a se fazer naquele instante em que exibia a ignorância em todas as suas formas de manifestação, em seu total esplendor.

O homem voltou-lhe as costas, desanimado pensava com seus grandes botões de farda.

“ A maior de todas as tragédias da humanidade é, sem duvidas, a ignorância!”

E a vida seguiu seu curso para ambos...

4 comentários:

Cris França disse...

ah adorei! rs muito bom esse texto!
ficou irreverente e ao mesmo tempo tão sério. meus parabéns pelos vários estilos que manifestas, quando pensamos conhecer tuas poesias, e cronicas, tu nos surpreende com algo inusitado. Bjo grande mon ami!

Borboletas Sempre Voltam disse...

Muito bom e verdadeiro.

No meio do caminho, quantos tipos de ignorância passam a nossa frente?

Abraços.

Maria das Graças disse...

Gilberto, que texto perfeito! Sem comentários, diante de uma verdade tão gritante. Vamos em frente...

Um grande abraço.

Regina disse...

Juventude perdida, meu amigo...

Quem será que está louco? O pai desta criatura ou o próprio?!! rsrs...

Só rindo...

Beijo!