Marcaram o encontro então...
Ela! Foi de avião, ponte aérea.
Ele! Foi de “busão” mesmo, pinga-pinga.
Ela, chegou primeiro e foi comer, restaurante fino, pediu um salmão canadense grelhado.
Ele, lógico, chegou atrasado, e comeu um “sanduba” de rodoviária, aqueles de churrasquinho grego.
Enquanto ela chegava de taxi, ar condicionado, no hotel; Ele, chegou duas horas depois, após duas “lotações”, uma “pernada”, e muito suor.
Quando ela lhe abriu a porta do quarto, estava fresca, linda, perfumada. Ele, tinha duas olheiras enormes que mais pareciam a mascara do Zorro.
Ela, toda sofisticada, gostos finos e recatados.
Ele, “caipirão”, “simplão” nos gestos e nas ambições.
Mas aí... Ah! Aí acabaram-se as diferenças...
Na cama não havia aviões, ou “busões”; nem salmões grelhados ou “sandubas” de qualidade duvidosa; eram somente eles e mais ninguém, iguais na paixão, na entrega, no tesão.
E ele a amou como homem!
E ela foi amada como mulher!
Compuseram juntos uma noite para a eternidade.
No dia seguinte, pela manhã, fizeram amor de novo e uma ultima vez, comeram um desjejum frugal, teceram juras e promessas e partiram...
... E, enquanto ela chegava em sua casa, poucas horas depois, no outro lado do País; Ele, sentado na rodoviária aguardava o seu ônibus partir (atrasado, havia quebrado na estrada). Tudo bem! Estava satisfeito consigo mesmo, estava feliz, tinha amado e sido amado...
Chegando o ônibus, pegou a velha mochila surrada, jogou-a às costas, deu uma ultima mordida no sanduíche de carne de gato e partiu...
2 comentários:
Que bela historinha de amor...Renato Russo tinha mesmo razão...quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração...bjo grande!
Tem um trem mais bunitinho do que esse Gilberto gente!
Bjs.
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