Eu amei Fyodor!
Sua literatura me cativou, me prendeu, me encantou!
Tudo começou com Crime e Castigo,
Consolidou-se com Memórias da casa dos mortos.
Seu texto me levava mais além,
Era para mim transcendental.
Eu amei Fyodor... Eu amei Fyodor!
Mas uma amiga um dia alertou-me.
Apontou-me seu dedão indicador bem no meu rosto
E disse-me com rosto de quem tudo sabe:
“Tome cuidado com Fyodor... Fyodor te deixa triste!”
Fiquei encasquetado com essa afirmação!
Respeito minha amiga, ela é inteligente,
Ela é observadora e extremamente perspicaz.
Se ela falou, deve ser mesmo verdade.
Não duvido das coisas que ela diz,
Ela tem grande influência sobre mim...
... Ainda que Fyodor também o tenha.
Cheguei em casa e olhei para as prateleiras,
No peito aquela suspeita instigadora.
Peguei Crime e Castigo com cara de poucos amigos,
Dei um beijo na capa e o coloquei atrás de todos os outros.
Pus atrás de Ulisses, de Joyce.
Além de Contos de Voltaire.
Ficou detrás de Eneida, de Virgilio; e de,
Histórias Extraordinárias, do Poe.
Fiquei com raiva de Fyodor, como pôde fazer isso comigo.
Eu fui um de seus maiores fãs e ele me deixando triste....
Lembrei de todos os meus textos escritos depois
De ter lido Fyodor e, realmente, a prova estava lá:
Lambendo as feridas abertas pelos abutres...
Estava lá, eu escrevi isso.
Quem escreve isso?
Somente quem realmente está triste...
Não quero ser triste,
Não quero amar o sofrimento.
Quero dar adeus à melancolia.
E, se para tanto, o preço for sacrificar Fyodor,
Está feito...
Mandei-o para Sibéria novamente...
Minha Sibéria.... No fundo de minha biblioteca.
Avisei minha amiga:
Parei com Dostoievsky! Adeus Fyodor!
Ela me sorriu e disse-me:
Que estás lendo agora?
Eu fazendo cara de sabichão respondi:
Lispector, A paixão segundo G.H.
Ela fez uma expressão de poucos amigos e mandou:
“Tome cuidado com Lispector, é profundo demais....
Lispector, sentenciou, te deixa triste!”
Cazzo!
Eu respeito minha amiga... Respeito...
Clarice foi fazer companhia a Fyodor,
No fundo de minha biblioteca,
Exilados ambos meus amores de meu interesse!
Minha amiga foi embora...
E eu me senti tão feliz por minha decisão...
Olhei para a minha biblioteca e vi meus novos amores
Saltitando na frente de meus olhos:
Dois gibis do Tex, O caçador de pipas, A cabana
E mais alguns desses livros
Que estão entre os “Best Sellers” atuais.
Eu me senti tão feliz por minha decisão...
Tanto que, nem percebi, quando duas lágrimas escaparam
De meus olhos e molharam a capa de Irmãos Karamazov
Enquanto este ia para seu desterro....
Sua literatura me cativou, me prendeu, me encantou!
Tudo começou com Crime e Castigo,
Consolidou-se com Memórias da casa dos mortos.
Seu texto me levava mais além,
Era para mim transcendental.
Eu amei Fyodor... Eu amei Fyodor!
Mas uma amiga um dia alertou-me.
Apontou-me seu dedão indicador bem no meu rosto
E disse-me com rosto de quem tudo sabe:
“Tome cuidado com Fyodor... Fyodor te deixa triste!”
Fiquei encasquetado com essa afirmação!
Respeito minha amiga, ela é inteligente,
Ela é observadora e extremamente perspicaz.
Se ela falou, deve ser mesmo verdade.
Não duvido das coisas que ela diz,
Ela tem grande influência sobre mim...
... Ainda que Fyodor também o tenha.
Cheguei em casa e olhei para as prateleiras,
No peito aquela suspeita instigadora.
Peguei Crime e Castigo com cara de poucos amigos,
Dei um beijo na capa e o coloquei atrás de todos os outros.
Pus atrás de Ulisses, de Joyce.
Além de Contos de Voltaire.
Ficou detrás de Eneida, de Virgilio; e de,
Histórias Extraordinárias, do Poe.
Fiquei com raiva de Fyodor, como pôde fazer isso comigo.
Eu fui um de seus maiores fãs e ele me deixando triste....
Lembrei de todos os meus textos escritos depois
De ter lido Fyodor e, realmente, a prova estava lá:
Lambendo as feridas abertas pelos abutres...
Estava lá, eu escrevi isso.
Quem escreve isso?
Somente quem realmente está triste...
Não quero ser triste,
Não quero amar o sofrimento.
Quero dar adeus à melancolia.
E, se para tanto, o preço for sacrificar Fyodor,
Está feito...
Mandei-o para Sibéria novamente...
Minha Sibéria.... No fundo de minha biblioteca.
Avisei minha amiga:
Parei com Dostoievsky! Adeus Fyodor!
Ela me sorriu e disse-me:
Que estás lendo agora?
Eu fazendo cara de sabichão respondi:
Lispector, A paixão segundo G.H.
Ela fez uma expressão de poucos amigos e mandou:
“Tome cuidado com Lispector, é profundo demais....
Lispector, sentenciou, te deixa triste!”
Cazzo!
Eu respeito minha amiga... Respeito...
Clarice foi fazer companhia a Fyodor,
No fundo de minha biblioteca,
Exilados ambos meus amores de meu interesse!
Minha amiga foi embora...
E eu me senti tão feliz por minha decisão...
Olhei para a minha biblioteca e vi meus novos amores
Saltitando na frente de meus olhos:
Dois gibis do Tex, O caçador de pipas, A cabana
E mais alguns desses livros
Que estão entre os “Best Sellers” atuais.
Eu me senti tão feliz por minha decisão...
Tanto que, nem percebi, quando duas lágrimas escaparam
De meus olhos e molharam a capa de Irmãos Karamazov
Enquanto este ia para seu desterro....
3 comentários:
Vc vai sobreviver amigo!Rsrsrsrs
Tive que fazer isto com uma pessoa, ainda não consegui de tudo não, mas ando sobrevivendo.
Bjs.
Gilberto, mas os poetas costumam ter lá os seus momentos de melancolia e é quando aliás, escrevem os mais lindos poemas...
Só não vale ficar triste, claro!
Mas se você quer fugir da tristeza, tem toda razão... fique longe também de músicas e filmes tristes!!
Mas sinto dizer que "O Caçador de Pipas" também não é um livro tão alegre assim!! rsrs... Ele é muito bonito, mas emocionante também!
E o filme eu vi outro dia, até ia postar lá no "Cinema Paradiso"... Mas leia o livro que é melhor...
Beijo, boa semana!!
Ola meu amigo!
Olhe se for para te ver feliz, tudo bem...mas, nunca deixe de ser você, porque somos feitos das coisas que gostamos.
Um beijo enorme...saudade de vir por aqui.
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