E eis que chove de repente. E a chuva parece trazer algumas lembranças daqueles tempos. Eu olho para as milhares de gotas que caem, saio para a chuva e corro sem sentido e sem direção, a vizinhança me olha com estranheza (será que o homem ficou louco?). Somos todos loucos nesta vida por rejeitar a alegria de sermos nós mesmos. Estou molhado agora, de chuva. Estou molhado agora, de sonhos. E enquanto a chuva cai molha todo o meu corpo e por alguns momentos sou criança novamente, por alguns novos momentos tenho novamente todos os meus sonhos de guri.
Trecho da crônica “OS DOCES TEMPOS DA INFÂNCIA”, de minha autoria e já publicada neste espaço
Hoje, meus sonhos rarearam, fico joeirando entre meus pensamentos sonhos pré-fabricados, e estes não valem. Se sorrio, ou se choro. Se corro, ou se ando. Se parto, ou se fico. Se escrevo, ou se leio. Não importa a estrada que tome, tento recuperar a fantástica capacidade de sonhar que tinha aos seis anos e que alguns, ao longo dessa vida tortuosa, me fizeram crer que era uma qualidade pouco desejável. Então, eu sonho, sonho como aquele garoto de seis anos, simplório na existência, simplório nos sonhos, e isso torna minha felicidade maravilhosa. Sonhar ainda é a única ponte que liga a realidade ao futuro cheio de novas possibilidades.
Trecho da crônica “APRENDENDO A SONHAR...”, de minha autoria e já publicada neste espaço
3 comentários:
Oi, Gilberto! Tudo bem? Fiquei muito feliz com a sua visita e comentário no meu blog. Só assim tive a oportunidade de conhecer o seu.Posso dizer que adorei. Escreves muito bem. Vou te linkar lá. Eu ando sem tempo de postar frequentemente, mas volta e meia dou um jeito de atualizar meu cantinho. Um ótimo domingo para você!
Querido Gilberto...
Que a criança alegre, pura de sentimento e cheia de esperança que existe dentro de cada um de nós, nunca se perca, assim como todos os nossos sonhos...
Afinal, sonhar é preciso!
Viver é preciso!!
E muito melhor, se tivermos ao lado, pessoas como você!!!
Tenha um ótimo domingo e uma semana cheia de paz...
Beijos!!
Ola Gilberto!
Viajei no tempo com seu texto...costuma andar a pé nas chuvas fortes que caiam no final das tardes quentes de fevereiro quando criança...sentia os pés encharcados e alma limpa...hoje em dia, as chuvas não tem mês certo, mas eu ainda adoro o cheiro da chuva chegando...Tempestade me fascinam e arco iris que se formam no final também...
Esse que vivemos é um mundo que não entende certas coisas de crianças que não nos deixam nunca...
Um grande beijo meu amigo!
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