quarta-feira, 15 de abril de 2009

PARA OS HOMENS DE BOA VONTADE....


Não peço muito mais da vida, não muito mais,
Nem peço muito de vocês...
Só quero poder falar o que meu coração pede que eu fale!
Só quero poder gritar ao me revoltar!
Só quero poder cultivar meu senso de justiça... Justiça!
Eu tenho sede de justiça, isto é um pecado?
Não me limitem, não me estabeleçam fronteiras,
Se não me dão asas para voar, simplesmente,
Não me ponham pesos nos pés!
Se suas atitudes não me servem de inspiração
Para escrever poesia, tudo bem, não os recrimino,
Cada um é o que é e temos de aceitar as pessoas como são.
Mas, por gentileza, não me tirem das mãos
O papel e a caneta, buscarei o entusiasmo para escrever
Em outras fontes que não sejam vocês mesmos!
Eu quero sentir de verdade...
Não quero mais emoções que me conduzam a caminhos
Da raiva, de ódio, de desesperança,
Alentos desbotados que me sugerem
Que tudo o que eu faça será inútil...
Quero acreditar em mim mesmo, na minha força,
Na minha luta, que poderei fazer a diferença,
Por mim e por todos os demais!
Não quero nada de vocês, nada!
Somente não me atrapalhem nisso,
Nessa missão que se pretende nobre.
Quero ser a inspiração para todos os outros,
Para que me acompanhem nessa jornada.
Não vou prometer ouro e pedras preciosas,
Não duvido que seremos todos apedrejados pelo caminho,
Que serviremos de escárnio para os poderosos
E para aqueles que estão desacreditados e sem fé...
É o risco a correr nesta busca...
E, a recompensa, não será riquezas ou poder,
Não tenho como prometer isso ou qualquer outra coisa.
Só o que digo é que estaremos buscando a nós mesmos,
A nossa essência, a nossa liberdade,
Uma chance de poder ser justo,
De falar quando se tiver vontade!
De fazer aquilo que for certo para ser feito!

Digo não aos cabrestos, aos arreios, aos açoites,
E se querem se juntar a mim nessa luta, venham!
Se não querem! Tudo bem, serão poucos
Aqueles que terão coragem realmente...
Peço apenas que não atrapalhem,
Escolham um lugar confortável na platéia da vida
E assistam ao meu sofrimento,
A ser imolado em praça pública.
Não debochem de mim!
Não riem com zombaria de minhas lágrimas!
Nem precisam aplaudir se, por acaso,
(zebra!)
Conseguir alguma vitória.
Entreguem-se ao seu ostracismo, à sua inércia,
A esta vossa vontade pequena e mesquinha
De passar pela existência como sendo mais um no rebanho.
Não critiquem aqueles que, em vez de se estabelecer
Na zona de conforto em que estais,
Preferem lutar as lutas que não consegues...
Eu irei morrer nesta e por esta luta,
Serei esquecido e enterrado como indigente,
Minhas cinzas espalhadas pelos quatro ventos
Para que minha memória seja sepultada no tempo.
Mas, antes de tudo isso, comigo mesmo,
Ao me olhar no espelho, verei um homem!!!
Um homem sem cabrestos, sem arreios,
Que não aceita ser açoitado,
Um homem livre que luta por tudo aquilo que acredita!

Um comentário:

Regina disse...

Querido Gilberto...

Temos sempre que ser nós mesmos... Lutar, batalhar sempre por tudo aquilo que acreditamos...

Os outros, são os outros... O importante é não nos deixar corromper, e sermos fiéis à nossa essência...

Sempre acreditei nisso...

Um grande beijo, sempre "viajo" em seus textos...

Saudades...