No ano de 1990, o mundo ganhou um presente do cinema italiano através da película “CINEMA PARADISO”, filme que viria a ganhar o Oscar de Melhor Filme estrangeiro naquele mesmo ano. O Filme conta a estória do jovem Toto, e de como ele se deixa apaixonar pela sétima arte através do amor pelo cinema do velho e bom Alfredo, projecionista do Cinema Paradiso. Este Palácio da Sétima Arte é o ponto de encontro de uma pequena cidade do interior da Itália. No átrio do cinema, a cidade inteira se reunia e tudo acontecia em torno do Paradiso. A cidade era movida pela febre e pela magia da Sétima Arte. Até mesmo o padre era envolvido por essa fascinação.
Guardado as devidas proporções, Culturama, meu Distrito, viveu história igual a da película Cinema Paradiso.
O fechamento da Escola Estadual “O Pioneiro” Ensino de 1º e 2º Graus é o fim de uma era. O Distrito de Culturama e por que não, Fátima do Sul, deve muito a esta escola. Em suas salas, grande parte dos filhos de Culturama foram educados. Nossos professores, uma boa parcela deles, tiveram sua vida estudantil misturadas com a história deste Colégio. Grandes homens de Fátima do Sul e de nosso Estado, tiveram, em algum instante de suas vidas, algo a ver com a Escola Estadual “O Pioneiro”. Fundada nos anos 60, por Marvin Eugene Coffey e Dalva A. M. Coffey, sua esposa, ele americano, ela mineira, com ajuda do voluntário da Paz (Mister Bill) dos E.U.A., e outros companheiros de luta, esta escola seguia mais ou menos os padrões das escolas norte-americanas, e chegou a ter três extensões, no Iguaçu, na 3ª Linha e no Novo Planalto.
No filme Cinema Paradiso, Toto retorna, vinte anos mais tarde para a sua cidade, desta feita já sendo um famoso diretor de cinema, rico e famoso. Seu retorno se dá em tempo de ver, ainda, o velho Paradiso ser derrubado para ser construído em seu lugar, um Centro Comercial.
Na última quinta-feira, alguns amigos assistiram a um caminhão retirar cadeiras e carteiras, móveis, do velho “O Pioneiro”. Confessaram-me estes amigos, que tiveram de se conter para que não derramassem uma lágrima. Quis Deus e esta rotina corrida que levo que eu não pudesse estar presente para assistir a tal cena. Com certeza, confesso de público, não conseguiria me conter, choraria em público. A Escola “O Pioneiro” foi para mim, algo mais que um ateneu. Por quatro anos de minha vida, difíceis anos, encontrei naquele colégio e em seus integrantes uma casa e uma família; família esta unida em torno dos ideais vocacionados da Educação. Minha irmã foi aluna do “O Pioneiro” e, como tantos e tantos outros, tem ela também a sua vida atrelada de alguma forma a história desta Escola.
Este breve artigo, não guarda quaisquer outras conotações que senão demonstrar em público a tristeza que me dá em ver mais uma escola fechando e, principalmente, sendo esta Escola o “Pioneiro”. Não quero me ater a questão administrativa e/ou política que levaram as autoridades a este ato, pois, não possuo subsídios e informações suficientes para tecer comentários a este respeito com profundidade e seriedade. Contudo, não posso deixar de prestar esta pequena homenagem que, tenho certeza, seria de centenas de Culturamenses que, como eu, vertem uma lágrima sofrida neste instante. Choramos, como choraram os velhos moradores italianos frente o Cinema Paradiso. Um pedaço de suas vidas, aquele pedaço que, durante muito tempo, foi o que deu cor a seu cotidiano, caia. Em nosso caso, o que me conforta é que, por mais que o tempo passe “O Pioneiro” sempre estará vivo na vida das pessoas, dos Culturamenses. E, doravante, que não se fale em Educação em Culturama e Fátima do Sul sem prestar a digna e necessária reverência a esta Escola que escreveu uma das mais belas páginas da educação do Município Favo de Mel.
Despeço-me em compungido silêncio...
Guardado as devidas proporções, Culturama, meu Distrito, viveu história igual a da película Cinema Paradiso.
O fechamento da Escola Estadual “O Pioneiro” Ensino de 1º e 2º Graus é o fim de uma era. O Distrito de Culturama e por que não, Fátima do Sul, deve muito a esta escola. Em suas salas, grande parte dos filhos de Culturama foram educados. Nossos professores, uma boa parcela deles, tiveram sua vida estudantil misturadas com a história deste Colégio. Grandes homens de Fátima do Sul e de nosso Estado, tiveram, em algum instante de suas vidas, algo a ver com a Escola Estadual “O Pioneiro”. Fundada nos anos 60, por Marvin Eugene Coffey e Dalva A. M. Coffey, sua esposa, ele americano, ela mineira, com ajuda do voluntário da Paz (Mister Bill) dos E.U.A., e outros companheiros de luta, esta escola seguia mais ou menos os padrões das escolas norte-americanas, e chegou a ter três extensões, no Iguaçu, na 3ª Linha e no Novo Planalto.
No filme Cinema Paradiso, Toto retorna, vinte anos mais tarde para a sua cidade, desta feita já sendo um famoso diretor de cinema, rico e famoso. Seu retorno se dá em tempo de ver, ainda, o velho Paradiso ser derrubado para ser construído em seu lugar, um Centro Comercial.
Na última quinta-feira, alguns amigos assistiram a um caminhão retirar cadeiras e carteiras, móveis, do velho “O Pioneiro”. Confessaram-me estes amigos, que tiveram de se conter para que não derramassem uma lágrima. Quis Deus e esta rotina corrida que levo que eu não pudesse estar presente para assistir a tal cena. Com certeza, confesso de público, não conseguiria me conter, choraria em público. A Escola “O Pioneiro” foi para mim, algo mais que um ateneu. Por quatro anos de minha vida, difíceis anos, encontrei naquele colégio e em seus integrantes uma casa e uma família; família esta unida em torno dos ideais vocacionados da Educação. Minha irmã foi aluna do “O Pioneiro” e, como tantos e tantos outros, tem ela também a sua vida atrelada de alguma forma a história desta Escola.
Este breve artigo, não guarda quaisquer outras conotações que senão demonstrar em público a tristeza que me dá em ver mais uma escola fechando e, principalmente, sendo esta Escola o “Pioneiro”. Não quero me ater a questão administrativa e/ou política que levaram as autoridades a este ato, pois, não possuo subsídios e informações suficientes para tecer comentários a este respeito com profundidade e seriedade. Contudo, não posso deixar de prestar esta pequena homenagem que, tenho certeza, seria de centenas de Culturamenses que, como eu, vertem uma lágrima sofrida neste instante. Choramos, como choraram os velhos moradores italianos frente o Cinema Paradiso. Um pedaço de suas vidas, aquele pedaço que, durante muito tempo, foi o que deu cor a seu cotidiano, caia. Em nosso caso, o que me conforta é que, por mais que o tempo passe “O Pioneiro” sempre estará vivo na vida das pessoas, dos Culturamenses. E, doravante, que não se fale em Educação em Culturama e Fátima do Sul sem prestar a digna e necessária reverência a esta Escola que escreveu uma das mais belas páginas da educação do Município Favo de Mel.
Despeço-me em compungido silêncio...
Vocês irão notar que este texto já é bem antigo, de uma época que não existe mais. Trago-o à tona novamente para relembrar estes tempos, e para que as novas gerações possam percebê-lo. À época, ele teve uma repercussão bastante interessante.
Ilustração colhida na internet. A intenção inicial era postar uma foto aérea de Culturama, o melhor distrito do mundo, mas, infelizmente, não consegui esta foto! Esta ilustração achei-a muito parecida com Culturama, sentido figurado, o congressamento de raças, a amizade, a afabilidade, a amizade, todos os bons sentimentos que rodeiam esta terra e seu povo. Quem bebe da água de Culturama, jamais a esquece, antigo ditado culturamense carregado de sabedoria popular. Ah! Não reparem na bandeira canadense, seu significado aqui é estranho e alheio.
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