segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Tributo à Edith Piaf

Ela chegou por um acidente cinematográfico em minha vida.
Quando estava assistindo ao filme "O RESGATE DO SOLDADO RYAN", do Spielberg, chamou-me a atenção a música que os soldados americanos escutavam enquanto esperavam a máquina de guerra alemã para a batalha que, todos eles sabiam, seriam a derradeira. A morte era certa. Alguém encontra um vinil naquela vila francesa, o coloca num sistema de som e eis que a mágia acontece. Fantástico!
A visão daqueles quatro homens, em uma atitude tranquila à espera da morte escutando Edith Piaf é qualquer coisa de absurdamente belo se visto além da tragédia se mostra à primeira visão, uma visão menos sentimental e sensível. A música e a voz de Edith Piaf nos envolve, sugere, encanta, nos toma pelas mãos e parece nos apontar com seus dedos instigadores e virtuais para a crueldade daquele momento ao mesmo tempo que o pacifica. É como se aquele instante todo as vidas dos quatros soldados fossem uma pintura e a música de Edith Piaf a moldura. Congela-se a expectativa dos bravos, na tela; congela-se nossas respirações e sensações na platéia.
Naquele instante apaixonei-me por Edith Piaf e seu "Non, je ne regrette rien" e "Ne me quitte pas", apaixonei-me por um tempo onde músicas eram feitas de letras com conteúdo e com a voz e o talento dos artistas, ao contrário deste saco de gatos metalizado e robótico que escutamos hoje.
Este post é tão simplório. E Edith Piaf está muito acima disso. Para aqueles que me leiam, perdoem-me, sou pequeno e escrevo como pequeno, portanto, não prestem atenção neste amontoado de vocábulos em andrajos que tentam a todo custo se segurarem em uma frase maltrapilha. Edith Piaf mereceria que as palavras vestissem fraque, smoking e todas essas similaridades que, de forma exógena, enobrecem o homem. Assim, não atentem para o texto e vejam, como eu vi na cena do filme comentado, além do que se mostra. Vejam a minha emoção e minha completa devoção a esta extraordinária artista. Por este prisma, é provável que conheça Vosso perdão por arriscar a escrever sobre Edith Piaf.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro colega, tbm me apaixonei por Edith nesse filme, amigo eu lhe imploro, eu não consigo descobir o nome da musica que os soldados estão ouvindo, me de uma luz por favor.