terça-feira, 11 de agosto de 2015

FELIZ CIDADE



Eu conheci o mundo.
Sim, o conheci em sua intimidade nua e lasciva.
E o mundo me amou, e amei o mundo.
Todavia, por mais que o mundo ofertasse para mim suas riquezas, sua glória, seu prazer absurdo, sua concupiscência, quando mais tarde voltava para casa, eu me sentia sozinho, vazio, sem vida.
Que amor era esse? Amor incapaz de preencher uma felicidade aleijada e ignorante que ele mesmo oferecia?
Os sorrisos que ganhei do mundo não rechearam esta felicidade acéfala. As alegrias frágeis eram sem substância, rapidamente tornavam-se névoa e desapareciam com os crepúsculos.
Eu ganhei muita inteligência do mundo, tanta e tanta e toda ela foi inábil em me ensinar sequer um grão de sabedoria. Quanto mais o mundo me instruía, verdade angustiante, mais aumentava o abismo que me separava da real felicidade.
A glória que o mundo me ofertou em suas bandejas sofisticadas serviu apenas de lenha para o fumo de meus fracassos, e essa fumaça foi reverenciada em todos os prados por todas as gentes. Minha dor era servida como banquete em suas mesas e todos banqueteavam meu sofrimento com talheres de zombarias e gargalhadas.
O mundo ama produzir sua glória corrompida, ama muito mais derrotar seus heróis.
Percebi toda a incapacidade do mundo quando conheci o que era de verdade sua felicidade – gordurosa, etílica, tirânica, segregadora, libertina  e pervertida. Uma felicidade que se construía sobre a ruína do próximo, uma felicidade cujo corpo era feito do holocausto do outro.
Não consigo ser feliz assim.
Onde para eu sorrir, outro tem de chorar.
Por isso, durante um breve tempo, procurei filosofias e alternativas que satisfizessem esta minha vontade de ser feliz em plenitude.
O mundo não conseguiu me convencer.
Todas as suas filosofias são malditas.
Suas ideologias são pagãs e o sagrado não lhe pertence.
Orei. Clamei. Pedi um socorro, E do seu trono maravilho Ele me ouviu.
Deus me tirou do mundo e me mostrou a verdadeira felicidade.
Ensinou-me que por mim próprio não posso pagar por meus pecados.
Mostrou-me uma felicidade completa, cujo corpo é feito de justiça e bondade e todos cabem dentro dela. Abraçar esta felicidade é abraçar o próprio Deus.
Abraço abençoado possui esta felicidade de meu Deus.
Para tu sorrires, ele me disse, ninguém precisará chorar.
Porque, Ele mesmo chorou todas as lágrimas. Ele morreu todas as mortes. Ele sofreu todos os martírios. Ele seu sacrificou seu trono e sua glória celestial por uma humanidade injusta e ingrata. Ele indicou-me o caminho para a salvação, simplificou tudo por si mesmo em si mesmo e deixou para mim uma única coisa, reconhecer meu pecado e aceitar Jesus!
Hoje estou salvo! Por Jesus, unicamente por Ele, estou salvo! E rumo todos os dias para a feliz cidade onde a felicidade eterna me aguarda, a mim e a todos os remidos, todos os justificados pelo sangue do cordeiro de Deus.
E, Deus não me pediu nada em troca. Nada. Ao contrário do mundo que me cobrava tanto e me oferecia angústia e morte.
Deus pediu simplesmente um SIM.
Eu me entreguei com toda a fé e alegria: Sim, meu Jesus amado, SIM!!!

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