quarta-feira, 29 de agosto de 2012

QUANDO OS ANJOS DESCEM DO CÉU...


para Drúcila

Chegastes de repente,
Vinhas montada num alvo Pégaso
E ele se chamava surpresa!
Quando te tomei nos braços
tinha em meus lábios uma dúzia de poesias
que nasceram naquele instante mágico,
mas todas foram caladas em meus lábios
pelo acanhamento e pela insuficiência
da capacidade de cada uma delas.
Palavras eram pouco...
E to disse todas as poesias, meu amor,
todas elas em forma de beijos
que lhe foram atirados a esmo
com a urgência desesperada
de um homem apaixonado e saudoso.
Te beijei a face,
os lábios e a tua boca.
Te beijei as mãos como se as abençoasse
por terem concebido a magia de estares ali.

Te falei dos poemas que não puderam ser declamados,
e me dissestes que sabes que são lindos
e que tu se chateias pois que não fazes poesia...
Mas como não fazes se tudo em voce é lírico?
Tuas palavras sábias são odes dos aedos gregos.
Teus gestos são delicados como de uma maestrina
regendo a mais harmoniosa das orquestras.
Tuas ações são da mais pura generosidade,
e quando surges assim de repente,
sem que eu te espere, é como se aparecesse
o mais lindo e alado anjo do céu!
Tu fazes poesia, meu amor, tu fazes,
não com palavras e frases
enclausuradas dentro do texto.
Tua poesia é livre e colorida como as borboletas.

E, quando tu partistes,
Voando para o céu de onde vens,
me deixastes na boca o gosto da saudade.
Eu fiquei aqui, na terra,
ajuntando palavras nesta poesia que nasceu para ser tua.
E deixastes em mim
a mais bela entre todas as poesias,
a certeza de que te amo!!!!

Um comentário:

ELIANA-Coisas Boas da Vida disse...

Maravilhosa poesia para essa amada tão querida!
Abraço