segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A COSTELA DE ADÃO


Deus! Não consigo entender mesmo as mulheres!




Será que haverá em todo este vale de lágrimas um único homem que consiga?


Porque, de repente, elas estão bem, e, no mesmo relâmpago que veio montado suas felicidades, aparece um mau humor repentino e avassalador que, além de destruir o otimismo dos momentos delas, leva a reboque, nossa paz e sossego.


Porque as mulheres, aprendi, não foram feitas mesmo para serem entendidas. Deus, quando as concebeu, destruiu a fórmula para que fossem únicas no universo, isto para o bem, isto para o mal.


Houve um dia que tentei realmente entende-las, usei uma metodologia acadêmica, cheia de formas, cerimonialismos e protocolos. As mulheres parecem por demais pragmáticas, está na essência delas o óbvio, a exatidão, o cuidado com todas as coisas. Por isso mesmo, não as entendo, a metodologia acadêmica parecia uma luz a refletir-se no espelho da personalidade feminina, contudo, não se traduziu em perfeição. Quando cotejei a mulher com o método, a fórmula mostrou-se imperfeita. Sua perfeição somente resiste no universo feminino, ao tocar um dedo no mundo masculino, pronto, torna-se vicioso. Elas querem segurança, e se damos-lhe segurança, somos fracos. Se, ao contrário, pontuamos seus dias de desconfianças, somos-lhe canalhas, patifes, e (ao mesmo tempo!) objetos de sua adoração. Oh! Como entender as mulheres....


Tentei buscá-las, então, pela poesia, este filtro sempre me foi mais familiar e mais aprazível. As mulheres, que já são belas, ficaram ainda mais maravilhosas. E esta idolatria levaram-nas para distante da gente. Sê corremos até elas, elas distanciam-se de nós. Sê, ao contrário, ficamos parados, ou mesmo, caminhamos sentido contrário, elas nos perseguem e nos querem. As mulheres são difíceis de entender... Seu não quer dizer muitas vezes seu mais delicioso “sim”. Seu sim, pode ser o maior de todos os “nãos”. Elas dão à luz sofrendo e sorriem de uma forma como nunca mais sorrirão em suas vidas. São elas que escolhem o momento do sim, para nós, para tudo: para o primeiro pegar de mãos, para a primeira dança, o primeiro beijo... a primeira vez. No entanto, ainda que sejam donas desta autoridade (e a exercem com tirania) recusam-se a ouvir o nosso não para as coisas mais banais como ir à casa da mãe delas em dia de jogo na TV. Elas detestam tudo o que é realmente importante: futebol, por exemplo, como se pode detestar futebol??? Sandice....


Fico me perguntando se Deus não cometeu um equívoco ao conceber a mulher de uma costela de Adão, poderia ter usado algo mais nobre, sei lá, um filé de qualquer parte do corpo dele. Comentando isso com um amigo meu, ele me disse: “Rapaz, deixa quieto que Deus sabe mesmo o que faz! Se mulher já é o que é feito da costela, imagina o que não seria se fosse feita de um bife....”


Deus e meu amigo estão com toda razão! Deixem tudo como está...





Foto: Quadro, A criação de Eva, por Michelangelo








2 comentários:

linda disse...

Oi, nossa que comentário diferente a respeito de nós!!Acho que vc. tem razão!!Eu que sou mulher muitas vezes não me entendo....risos...
beijos meu querido amigo!

G I L B E R T O disse...

Linda, ainda que sejam diferentes, e talvez, mesmo por isso, é que vocês mulheres são tão indispensáveis!

Nós homens não sobreviveriamos sem vocês, minha querida amiga!

Um beijo e grato pelo comentário e por sempre visitar este nosso espaço!