Minhas primeiras lembranças da infância são do vilarejo de Qunu, nas montanhas onduladas e nos vales verdes do Território de Transkei, na região sudeste da África do Sul. Foi em Qunu que passei os anos mais felizes de minha meninice, rodeado por uma família tão cheia de bebês, crianças, tias e tios que não me lembro de estar sozinho em nenhum único momento em que eu estivesse acordado.
Foi lá que meu pai me ensinou, pelo modo como vivia sua vida, o senso de justiça que carreguei comigo por todas as décadas que já vivi. Observando-o de perto, aprendi a defender e lutar por minhas crenças.
Foi em Qunu que minha mãe me deu as histórias que encheram minha imaginação, ensinando-me de bondade e generosidade enquanto preparava as refeições em uma fogueira, mantendo-me alimentado e saudável. Em meus tempos de menino pastor, aprendi a amar o campo, os espaços abertos e as belezas simples da natureza. Foi naquele momento e naquele lugar que aprendi a amar esta terra.
Com meus amigos da meninice, aprendi dignidade e o significado da honra. Ouvindo e assistindo reuniões dos anciões da tribo, aprendi a importância da democracia e de dar a todos uma chance de ser ouvido. E aprendi sobre meu povo, a nação Xhosa. Com meu benfeitor e guia, o Regente, aprendi a história da África e da luta dos africanos para serem livres.
Foram estes primeiros anos que determinaram como seriam vividos os muitos anos plenos de minha longa vida. Sempre que paro um momento e olho para trás, sinto imensa gratidão por meu pai e minha mãe, e por todas as pessoas que me ajudaram a crescer quando eu era apenas um menino, e que me transformaram no homem que sou hoje.
Foi isso que aprendi enquanto criança. Agora que sou um homem velho, são as crianças que me inspiram.
Meus queridos jovens: vejo a luz em seus olhos, a energia de seus corpos e a esperança que está em seu espírito. Sei que são vocês, e não eu, que farão o futuro. São vocês, e não eu, que consertarão nossos erros e levarão adiante tudo o que está certo no mundo.
Se eu pudesse, de boa fé, prometer-lhes a infância que eu tive, eu prometeria. Se eu pudesse prometer-lhes que cada um dos seus dias será um dia de aprendizado e de crescimento, eu prometeria. Se eu pudesse prometer-lhes que nada – nem guerras, nem pobreza, nem injustiças – privará vocês de seus pais, de seu nome, de seu direito, a uma boa infância, e que essa infância levará vocês a uma vida plena e frutífera, eu prometeria.
Mas prometerei apenas o que eu sei que posso cumprir. Vocês tem a minha palavra de que continuarei a aplicar tudo que aprendi no começo de minha vida, e tudo que aprendi a partir de então, para proteger seus direitos. Trabalharei todo os dias de todas as maneiras que conheço para apoiá-los enquanto crescem. Buscarei suas vozes e suas opiniões, e farei com que outras pessoas também as ouçam.
Foi lá que meu pai me ensinou, pelo modo como vivia sua vida, o senso de justiça que carreguei comigo por todas as décadas que já vivi. Observando-o de perto, aprendi a defender e lutar por minhas crenças.
Foi em Qunu que minha mãe me deu as histórias que encheram minha imaginação, ensinando-me de bondade e generosidade enquanto preparava as refeições em uma fogueira, mantendo-me alimentado e saudável. Em meus tempos de menino pastor, aprendi a amar o campo, os espaços abertos e as belezas simples da natureza. Foi naquele momento e naquele lugar que aprendi a amar esta terra.
Com meus amigos da meninice, aprendi dignidade e o significado da honra. Ouvindo e assistindo reuniões dos anciões da tribo, aprendi a importância da democracia e de dar a todos uma chance de ser ouvido. E aprendi sobre meu povo, a nação Xhosa. Com meu benfeitor e guia, o Regente, aprendi a história da África e da luta dos africanos para serem livres.
Foram estes primeiros anos que determinaram como seriam vividos os muitos anos plenos de minha longa vida. Sempre que paro um momento e olho para trás, sinto imensa gratidão por meu pai e minha mãe, e por todas as pessoas que me ajudaram a crescer quando eu era apenas um menino, e que me transformaram no homem que sou hoje.
Foi isso que aprendi enquanto criança. Agora que sou um homem velho, são as crianças que me inspiram.
Meus queridos jovens: vejo a luz em seus olhos, a energia de seus corpos e a esperança que está em seu espírito. Sei que são vocês, e não eu, que farão o futuro. São vocês, e não eu, que consertarão nossos erros e levarão adiante tudo o que está certo no mundo.
Se eu pudesse, de boa fé, prometer-lhes a infância que eu tive, eu prometeria. Se eu pudesse prometer-lhes que cada um dos seus dias será um dia de aprendizado e de crescimento, eu prometeria. Se eu pudesse prometer-lhes que nada – nem guerras, nem pobreza, nem injustiças – privará vocês de seus pais, de seu nome, de seu direito, a uma boa infância, e que essa infância levará vocês a uma vida plena e frutífera, eu prometeria.
Mas prometerei apenas o que eu sei que posso cumprir. Vocês tem a minha palavra de que continuarei a aplicar tudo que aprendi no começo de minha vida, e tudo que aprendi a partir de então, para proteger seus direitos. Trabalharei todo os dias de todas as maneiras que conheço para apoiá-los enquanto crescem. Buscarei suas vozes e suas opiniões, e farei com que outras pessoas também as ouçam.
Texto escrito por Nelson Mandela
Quando li este texto pela primeira vez, o achei supremo e soberbo. Condensado em tão poucas frases, em alguns parágrafos, a sabedoria de uma vida – uma vida como a de NELSOM MANDELA. Ao lê-lo, pensei que este texto serviria como uma bela introdução, uma bela mensagem, pois ele demonstra a importância de uma boa educação e de bons valores na formação do caráter e da índole da criança em seus primeiros 06 (seis) anos de vida, e, virtualmente nos anos que seguem.
É isto tudo que sonhamos para a criança brasileira. Encontrar fórmulas, remédios, instrumentos, idéias, histórias, exemplos, que nos ajudem a moldar e construir o caráter e a personalidade do homem do amanhã – homem este que terá a incumbência de construir o futuro, de consertar os erros que esta geração deixou….
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