segunda-feira, 11 de junho de 2012

A HISTÓRIA DE UM AMIGO MEU....


... e ela chegou e colocou no chão todas as malas e depositou em seu homem um abraço que vinha carregado de uma saudade que media vinte e sete dias.
Vinte e sede dias pode ser pouco para algumas coisas, mas é uma eternidade para o amor!
E neste abraço recheado com beijos e juras de amor o silêncio falou por suas bocas.
O coração possui palavras melhores para descrever o amor do que a boca, ela se engana, o coração jamais! Urge que todos aprendam a linguagem do coração.

E ela olhou para a casa recém-terminada.
Não era um palácio, era a casa deles.
Conquistada com seu suor e sua luta conjunta.
E ela caminhou por tudo, passou a mão pela parede da sala, ficou encantada com o quarto do casal, sorriu por ver uma toalha de mesa desajeitadamente colocada na mesa da cozinha – os homens são atrapalhados, pensou!
Abraçou-o de novo, agora com mais carinho, sem as urgências das saudades que já exalavam seu último suspiro.

Colocaram a bebê para dormir.
Foram para a cozinha improvisar um jantar.
E ela falou da viagem, da família, das novidades do sul e das possibilidades que trazia para o norte!
Dedicou algum tempo valioso para relembrar do começo de suas vidas, a velha casa alugada, o tempo que morou na casa dos pais dela, desemprego, necessidades, carências, e a tudo venceram com dedicação, cumplicidade e amor.

E ela ficou em silêncio por um momento demorado...
Ele estranhou e levantou-se para vê-la...
Quando olhou para o seu rosto viu que de seus olhos lágrimas escorriam felizes...
Também se chora por felicidade.
Ele a tomou nos braços e a abraçou novamente, desta vez com a dedicação cega de um amante.
Amaram-se sobre a velha mesa da cozinha...

3 comentários:

Anônimo disse...

Felicidade se reconhece assim... em momentos que parecem nunca mais se repetir.

Gostei do seu texto e sinta-se à vontade para voltar ao Sem Pudor quando quiseres.

Beijos.

Marilu disse...

Querido amigo, e como se chora de felicidade. Lindo texto. Tenha um excelente final de semana. Beijocas

Urbano Gonçalo de Oliveira disse...

Dedicação cumplicidade e amor!
Acertas na "muche" meu amigo, isso move montanhas.
Abraço, bonito texto como sempre.