terça-feira, 1 de dezembro de 2020

LINHA DE FRENTE

 


Não os encontrarão nos salões de festa...

Se veres um ajuntamento de covardes,

Essa não é sua gente.

Eles os desconhecem.

Sem problemas com eles.

Tudo bem... simplesmente não são

A sua turma.

Os bajuladores, estes existem aos montes,

Os encontra debaixo da mesa do rei,

Esperando cair as migalhas que caem.

Não os verão com eles.

Sem problemas com eles.

Simplesmente, não são sua turma.

Ao soar do apito,

Todos correm para a porta de saída.

Eles não... Vão para dentro do olho do furacão.

Olhe para dentro de seus olhos....

Olhe... Se tiveres coragem... olhe....

Tem sangue lá dentro...

Nas suas bocas, o gosto da adrenalina.

No peito um forte coração

gritando: “É tudo conosco!”

Essa gente é o alicerce

Do reino dos cadeados.

Tudo se ergue sobre

os seus ombros de Atlas...

Desculpem-me todos os outros...

Desculpem-me todos os demais lugares,

Essa gente se esqueceu um dia o que é ter medo.

Andam nas madrugadas flertando

segredos de sobrevivência com a morte.

Essa gente são os policiais penais,

Vivem na linha de frente,

Dentro do pavilhão,

Olho a olho com o ladrão...

E é lá, na porta desse inferno,

Que voce os encontrará...

Sejam bem-vindos todos

Aqueles que tiverem coragem...

 

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