sábado, 22 de outubro de 2011

FRAGMENTOS DO DIÁRIO NUNCA ESCRITO POR MIM


Quando meu último setembro chegar e a última pétala de minha vida cair, eu estarei na floresta entre os lobos uivando lamentos...
Não chorarei a vida que se vai, sei que a estadia aqui é um instante mágico e estreito e até mesmo as mais belas flores murcham...
Meus lamentos encerrarão a amarga certeza cantada pela razão é que tudo que há aqui é mentira, a única verdade que me foi ofertada nesta bandeja de prata foi a de que iria mesmo partir.
Se fui feliz, sorri.
Se fui triste, chorei.
Se tive autoridade, agora é tola o bastante.
E se não fui nada de importante, ainda é mais estúpido.
Quando cair a ultima pétala tudo o que fui ou deixei de ser se tornará vazio e profano.

[...]

Um comentário:

Urbano Gonçalo de Oliveira disse...

Não concordo amigo Gil!
Vazio e profano ... é algo que tu não sabes ser.
Texto inspirado ... gostei.
Abraço.