Não se preocupe comigo, eu não sou ninguém!
Sou apenas o personagem no meio da tua poesia,
Sou a rima no meio da frase,
Sou o final da frase de efeito.
Sou agora somente o que fui...
E fui a carne de seus sonhos nas noites mais vermelhas,
Fui o espírito de tuas tardes mais quentes.
Não sou nada... Sou a danação e a condenação nas noites,
Sou um rascunho de absolvição em dias mornos.
Sou duas metades que não se juntam,
Não flerto com falsos pecados.
Sou inteiro na hora de meus erros.
O perdão não aponta seu dedo para mim.
Embebedo-me com o elixir da intensidade.
Entre todos os meus vinhos, o de melhor safra.
Entendas meus porres...
Eu me resgato todos os dias nadando num mar de desejo
Completamente despido de recato.
Me enxergo melhor no espelho de sua nudez feminina,
Não consigo querer se o querer é pequeno,
Se ele se suicida com as primeiras e segundas decepções.
Tentei me encontrar nos escombros de dezembro,
Fui soterrado pelas ruínas de meu mais belo sonho.
Pesadelo...
Me acorde quando este pesadelo acabar....
7 comentários:
Brilhante esse texto..e esse trecho então:
"sou inteiro na hora de meus erros"
abraços
Que lindo Gilberto
Quanta poesia ...
Parabéns !!
beijos
Querido Gilberto, que dia mais feliz o que descobri seu blog.
Chego aqui e me reenergizo totalmente!
Vc escreve com tanta intensidade...
Que bom ser inteiro assim.
Beijo grande
Meu Querido
Um 2011 muito feliz, com sucessos pessoais e profiossionais.
Beijos
Graça
Lindo, lindo, lindoooooooo...
Querido Gilberto, disseste tudo com esse trecho: "sou inteiro na hora de meus erros"
Que a cada dia Deus abençoe este dom.
Bjão
Ai que saudade "d'oce"!!!
Bom demais ler teus textos, teus poemas...mesmo qdo com um tom tristes, eles fazem bem a nossa alma!
bjossssssss
Impecável, poeta amigo !! Beijo, que teu dia seja feliz.
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