sábado, 10 de maio de 2025

SE FOSSE HOJE A ULTIMA NOITE DO BODE DO GAÚCHO...

 

... o que faria ele, se ele o soubesse?

Sentaria na relva e olharia para as estrelas,
contaria cada uma delas em
meio as reminiscências de toda a sua vida?
Chamaria as ovelhas para um bate-papo
e conversariam algumas banalidades,

E, depois de algum tempo,

Filosofariam sobre a existência fugaz?

Mergulharia em debates sobre o
que vem depois da morte
sem relatar para os demais que
no dia seguinte,
naquelas mesmas horas,
ele mesmo seria apenas uma memória?
Buscaria algumas ovelhas

E pediria perdão por alguma coisa

Que por ventura tivesse feito?
Mandaria aviso para um velho bode

Que hoje residia em um outro pasto,
e diria para ele que “sentia muito”

Por ter tomado o seu espaço
naquele lugar onde agora vivia

Seus últimos instantes de vida?

Se entregaria para Cristo?
Buscaria em Jesus a paz que

Agora insistia em lhe fugir?
O que faria o bode do gaúcho

Se ele soubesse que essa

Seria a sua última noite?
Entenderia, finalmente, que tudo

Aquilo que desprendeu tempo

E recursos vitais, agora,
no fim, era tudo trivialidade?

Entenderia que a sua vida teria

Sido mera banalidade?
Se não houver amanhã,

O que é a nossa vida?
Esta é a última noite
do bode do gaúcho...

... e morrer não é o maior drama...

... não estar preparado...

Ah! Essa sim é a grande tragédia!

Esta é a última noite do bode do gaúcho...

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