Por um tempo, breve até, acreditei-o uma janela por onde me debruçava para ficar observando o fantástico oceano virtual. Deixei de pensar assim, essa constatação reduzia nel mezzo del cammim.
Por outro tempo, breve até, acreditei-o uma porta por onde adentrava para encontrar com outras pessoas no mundo virtual. Deixei de pensar assim, essa idéia também simplificava nel mezzo del cammim.
Por outro tempo, breve até, acreditei-o uma nave espacial muito possante que me levava para outros universos (os amigos são universos!) virtuais. Ainda que fosse um pensamento com o qual flertasse, abandonei-o à própria sorte, ele também diminuía nel mezzo del cammim.
Hoje eu o vejo como algo além de mim. Ele sou eu, eu sou ele. Ambos misturados num único ente que possui vida própria. É este pensamento que me sustenta agora. Nel mezzo del cammim é um ser virtual que necessita de mim para alimentá-lo (com textos e poesias) e de voces todos que o visitam, para amá-lo – Todos necessitamos de amor!
Esta nova concepção pacificou-me porque ela é democrática e conciliadora. Ela não destrói as outras teses que a precedeu, pelo contrário, as incorpora e se utiliza delas para criar a personalidade própria do blog – Sim! Blogs tem personalidade e até uma alma.
E, por obséquio, não se limitem as aparências deste texto. Ele não é ufanista. Não busca a autopromoção, algo tão tolo. Observem, observem melhor, além, vejam o pulsar do coração desse texto, é o duplo coração de nel mezzo del cammim, uma batida formada pelo coração dele e o meu. Eu o entendo agora, sei o que ele é e o que pretende dizer com tanta veemência e paixão – nel mezzo del cammim vocifera que ama voces, nossos amigos e amigas todos! Um amor construído com a força de dois corações!!!
Ilustração: Banner original de nel mezzo del cammim, foto recolhida no site www.olhares.com, aliás, de onde vem boa parte das ilustrações aqui postadas.