A criança entrou conduzida pela mãe.
Sorriam ambas, despretensiosas da vida, libertas das preocupações mundanas que a vida sobrecarrega as pessoas.
A petiz era a mais atenta, esperta para o caminho que seguia, vislumbrando tudo que para ela tinha o sabor de novidade. Seus olhos brilhavam, refletiam a luz do coraçãozinho encantado, e falava e falava e a tudo o que dizia emprestava seu encantamento e admiração:
“Mãe, olha aquilo...”
“Que bonito isso!”
“Que lugar lindo!”
A mãe sorria, não incentivava, não desaprovava, deixava a criança seguir seu rumo, ás vezes, o melhor que pode fazer uma mãe ao seu filho é deixá-lo ser criança.
Elas passaram por ele e a ele sorriram.
Seguiam conversando e ambas foram engolidas pela boca da grande quimera.
Observando, de onde estava ele pode escutar a gargalhada da pequena divertindo-se com alguma coisa. Sorriu, sozinho, estimulado pelo riso infantil.
Olhou para todo o complexo e buscou a beleza que a criança via, tinha nesse olhar uma carga de boa vontade, tinha no coração uma semente de esperança, tudo contribuindo para que essa beleza se mostrasse para ele em todo o seu esplendor.
Não a viu... Sentiu vergonha por isso!
Olhou para o céu azul, lindo e rezou consigo mesmo e com o Criador de todas as coisas.
“Benditos sejam todos os inocentes que mesmo dentro da cadeia enxergam a beleza!”
Nessa hora, pousou num canto do grande muro da penitenciária um pássaro e trinou uma bela canção.
Regozijou-se! Ele viu a beleza...
... e soube que, para ele, nem tudo estava perdido...
Um olhar inocente é tudo.
ResponderExcluirBeijooOs
Gostei deste quadro cheio de magia e de sensibilidade! É preciso saber ver a beleza que nos rodeia!
ResponderExcluirBj,
Manú
Que inocente e lindo!
ResponderExcluirAdorei!
bjinhos
Nina
Lindo...você escreve muito bem...consegue manter um certo ar de misterio para finalizar com algo que nos leva a refletir sobre como olamos o mundo, as pessoas...a vida
ResponderExcluirSensacional, Poeta amigo !
ResponderExcluirMaravilhoso, verdadeiramente ! Beijos mil.
ResponderExcluirBonita crónica Gilberto!
ResponderExcluirLevaste bem a história pela mão da criança.
Meu amigo essa "prisão" não seremos ... todos nós?
Abraço.
Que cronica maravilhosa amigo!
ResponderExcluirE viva a inocencia...!!!
Bjossssssss
Nossa, pela alegria de ambas, jamais darei pra perceber que elas estavam em uma prisão. Felicidade deve ser assim.
ResponderExcluirBjs
Mah
Na inocência que encontramos a verdade, a beleza, felicidade...
ResponderExcluirMuito lindo!
Só você mesmo, Gilberto, coisas belas nas entrelinhas.
Obrigado por partilhar gratuitamente seus textos comigo, conosco isso sim.
Bjão
vc me inspira. bjs
ResponderExcluirMe lembrou o filme "A vida é bela".
ResponderExcluirBelo texto !!
Parabéns !!
Boa semana
Abraços !
Que divino querido... absolutamente maravilhoso...realmente a beleza sempre está nos olhos de quem vê, especialmente quando vemos com o olhar de nossas almas...beijos...
ResponderExcluirValéria
Ah Gilbertomeuzinho!
ResponderExcluirVc sempre falndo verdades de uma forma tão linda.
Bjs.
Que texto maravilhoso, meu amigo Poeta! :)
ResponderExcluirEsse olhar de inocência é um Bem Divino, né? Lindo!
Beijos, querido.
Crianças... Para mim um amor fácil e dependente. Amo que sofro. Também me dá uma pontinha de espernça como aconteceu com este trsite prisioneiro.
ResponderExcluirObrigada por escrever!!
:)
Querido amigo, lindo texto. Beijocas
ResponderExcluirQuando comecei a leitura da crônica, nem poderia imaginar que se tratava de uma cadeia.
ResponderExcluirConcordo com o colega Urbano. Também acredito que esses presos somos nós, os adultos, presos em nossos preconceitos, arrogância, vaidade, ganância... Esquecendo de contemplar a beleza da vida em sua simplicidade, como uma criança inocente.
Meu amigo, você é simplesmente fantástico!
Beijos!