domingo, 16 de dezembro de 2012

QUATRO POMBAS


Quatro pombas se aqueciam sob o sol de dezembro...
A primeira viera de longe, estava cansada,
Trazia a frustração de um amor perdido,
Que desejava ser esquecido,
Mas amor, somente se esquece por amor, nunca por mais nada.

Quatro pombas se aqueciam sob o sol de dezembro...
A segunda suspirava, sua vida era sonhar,
Sonhava com amores que ainda viriam,
Juventude e desejo eram duas forças que lhe diziam:
Que sua felicidade estava no desejar... no amar...

Quatro pombas se aqueciam sob o sol de dezembro...
A terceira tomou um gole d'água, descompromissada,
Para ela a vida era sem exageros, sem atropelos,
Vivia de suas experiências que as guardava feito novelos
E as vezes desenrolava de sua memória atravancada.

Quatro pombas se aqueciam sob o sol de dezembro...
A quarta tinha um brilho no olhar, apaixonada,
Esta sabia que somente se vive pelo amor,
Sem amor é experimentar a dor,
E, sem hesitação, se entregava à pombinha amada.

Quatro pombas se aqueciam sob o sol de dezembro...
A primeira, pelo amor fora frustrada...
A segunda, o amor desejava...
A terceira, o amor que conhecera a resignava...
E a quarta, estava apaixonada!
Todas sabiam que amar é viver,
Não amar é passar pela vida,
Conhecendo somente o nada!

Um comentário:

  1. Gilberto meu amigo, passei para uma vez mais usufruir do teu enorme talento, e aproveito para te deixar aquele abraço, com os votos de um feliz Natal, junto de quem partilhas o teu grande coração.
    Fica bem, até breve.

    ResponderExcluir

No meio do caminho,
existem diversas coisas importantes...

... Tua passagem por aqui, me encanta, me anima!

No meio do caminho, tua visita, é uma dessas coisas importantes!

Grato pela tua atenção e paciência!
Que Deus derrame sobre tí bençãos sem medida!