sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

NADA É IMPOSSÍVEL MUDAR


"Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.

E examinai, sobretudo, o que parece habitual.

Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois, em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural,
nada deve parecer impossível de mudar."



Bertold Brecht (1898-1956)

domingo, 24 de janeiro de 2010

QUANDO FAZEMOS AMOR...



Estamos frente a frente,
Não há como recuar
(ninguém quer!!!).

Ela tira a camiseta,
devagar e suave,
E me olha sorrindo,
Debochando do meu desejo.
O zíper da sua saia
Entoa uma canção
(que doce canção!)
e ao seu término,
a magia aparece!

Ela sorri, novamente,
Gosta de debochar
Do meu desejo.

Seu olhar encontra o meu,
Sugestivo,
Excitante,
A sua boca entreaberta,
Nenhuma palavra exclama.
Seus braços se abrem,
E ela deita-se na cama
(venha! Venha!)
Num apelo amoroso
Muito sensual.

Num instante estou ao seu lado,
Ela é minha maestrina
Que nas notas da música,
A sua musica,
Leva-me a todo lugar!
Viajo ao céu,
Ao paraíso,
E por toda a terra.

Sua língua... Me estremece.
Seu toque... Me queima.
Seu beijo... Me despedaça.

Ah! Eu amo essa mulher
E a quero mais...
Mais...
Cada vez,
Sempre mais...

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

VOCE NÃO PODE ME IGNORAR...


Você não pode me ignorar...


Você pode dizer que não me ama,
Esbofetear-me
E cuspir-me a face
Mas...


Você não pode me ignorar...


Você pode tomar soníferos
Para não sonhar comigo.
Você pode desligar o som,
Se a música te lembrar de mim.
Você pode maltratar pessoas,
Se as pessoas falarem bem de mim,
Você pode tentar de tudo, de tudo,
Mas...


Você não pode me ignorar...


Nós vivemos um momento especial!
E por muito tempo fomos um ao outro
Tudo o que tínhamos.
Por tudo isso e muito mais
Você não pode me ignorar...


Sei disso tudo por quê...
Por mais que tente...
Por mais que tente...


Não consigo te ignorar!!!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A FERA

Tenho falado muito em sensualidade, corpos nus e amores selvagens. Algumas dessas poesias são atuais, então, refletem o que sou agora, o intenso e o calor sempre foram traços preponderantes da minha personalidade. Outras poesias, são da minha adolescência e de quando descobri o amor no corpo de uma mulher – durante um longo tempo, acreditei que o amor vivia nos olhos e no coração, o amor foi para mim, nessa época, um exercício de platonia, poesia e contemplação.

A adolescência é uma época de descobertas e conhecimento, é inapto dela que as perguntas vicejem para que sejam podadas pelas respostas. Desde esse tempo, entendi que a paz jamais estará em mim absolutamente, sou um homem de idéias, paixões e atitudes fortes e soberanas, homens assim são o conflito, sempre estão no olho do furacão.

Eu amo a contemplação, e tenho nostalgia dela que me pertenceu num período pré-adolescente.

Mas não é para mim... Minha devoção se torna nula pelo que sou... E sou o segundo e todos os outros tiros de minhas guerras em todos os fronts, sou macho, sou coletivo, sou razão e sou pura emoção – não tenho velas para queimar no altar da contemplação, apesar de me fascinar ela me é hoje um deus pagão!

Este diálogo, acreditem todos, não busca autopromoção. Nem destruir minha própria imagem. Quer apenas que voces me conheçam e, ao me conhecerem, entendam-me e aceitem-me assim como sou.

Sim! Tentem me mudar, o amor em todas as suas manifestações quer no outro o reflexo daquilo que acredita perfeito. Este conflito do que sou, do que posso ser, e do que querem que eu seja os que me amam, é justo, sadio, e pode me elevar enquanto eu e ser humano. Eu quero sempre crescer, ser melhor hoje do que fui ontem!

Vou acalmar meus instintos, prometo que tentarei.

Minha sexualidade é (e sempre foi) uma fera na tocaia, bem escondida na mata de minhas emoções, qualidades e cerimonialismos. Mas está lá, furiosa, selvagem, forte, masculina, esparramando feromônios por aqui e por ali, pronta para se atirar sobre sua presa.

Deixemos-la quieta!
Acalma-te fera!
Tua paz será minha paz...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

UM ALTAR E DOIS SENHORES


Cais de joelhos diante de um altar que é somente teu,
Juntas as mãos numa prece nervosa,
Marcas tua fé confusa com fogo,
O fogo de duas velas poderosas: o desejo e o medo!
Rezas para a verdade e imploras
Que ela entre em seu coração.
Desejas o conforto do conhecimento,
Queres conhecer e pelo saber te libertares
De todas tuas dúvidas e apreensões.
Por isso rezas, oras com a fé dos desgraçados!


Não conhecerás jamais a verdade!
Tua fé e tua reza é fiel,
Teu altar é profano.
Porque desejo e medo não se combinam,
Não se acende velas para dois senhores!


Se queres a verdade, deves ofertar a escolha
Como tua oferenda ao oráculo:
Queres desejo!
Queres medo!
Feita tua escolha e apresentada em teu altar,
A verdade envolta em um milagre surgirá,
E saberás enfim o que é teu realmente.


Mas a verdade não te prometerá nada mais
Do que a certeza de um caminho para seguires.
Se sorrirás,
Se chorarás,
Ela não se comprometerá com teus sentiment0s.
Uma parte da verdade é alegria,
A outra é agonia,
E ambas habitam o mesmo ser.


Cais de joelho diante deste altar que é somente teu,
E acendas uma vela para o amor,
Despreze o medo.
Amor e desejo se querem e
A felicidade sorrirá para ti.
Ainda que a verdade falhe,
O amor estará presente contigo.
E o amor te dará forças...
Porque a verdade é forte,
Mas o amor é mais forte ainda!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A CHUVA E O SONHO


E ele sonhou numa
Dessas noites de primavera...
Estava quente
E ele dormiu nu,
Sobre um branco lençol de cetim.
Sua face satisfeita
Resplandecia inconsciente,
Sorria,
Comemorava o sonho de amor!



E ele viu...
Ela!
O campo!
A chuva!
Tudo junto,
Mistura deliciosa!



Ela correndo pelos prados,
Seu vestidinho branco
Balançando ao sabor da brisa,
A chuva colando-o ao seu corpo,
Denunciando-lhe as formas,
Exaltando sua feminilidade.



Ele corria atrás dela,
A chuva molhando-lhe
O tórax descoberto.
As gotas de chuva
Escorrendo pelos músculos
Rígidos e torneados.



Ele a alcançou!
Segurou firme e delicado
Em sua mão.
Ela se virou sorrindo.
Ele a olhou nos olhos!
Sua boca se abriu sugestiva.
Ela aceitou o convite.
Abraçou-o e deu-lhe
Seus lábios quentes.
Beijaram-se...
A chuva os molhando,
A brisa os tocando
E fazendo com que mais arrepios
Se somassem aos estímulos de amor.



Deitaram na relva.
Leito natural para se fazer o amor.
E, se amaram,
Na chuva...
No campo...
Na primavera...
... Dentro daquele dia
E para a eternidade!



E, de repente,
Ele acordou excitado.
Meu Deus! Pensou...
Que delicia de sonho!
Tão real... Tão real...
Um sonho...



Ficou por ali, um instante,
Olhando a lua que invadia
O quarto pela janela aberta.
Deitou-se e recostou a cabeça
No travesseiro de penas.



Sem perceber...



O sono o colheu novamente,
Como se arrebatasse uma
Rosa no jardim...



O amor faz coisas....
O amor quer amar e fazer amar!



Ele sonhou uma segunda vez...
E no sonho, ela o esperava...
Amaram-se, novamente,
Desta vez, num jardim...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

TARZAN, O REI DOS QUINTAIS


Na mais fresca e suave das eras de minha existência, vivi numa pequena cidade ao oeste do Paraná onde conheci as mais fantásticas aventuras. Lá fui astronauta e fui alienígena, fui índio e fui cowboy solitário, fui bandido e fui mocinho, fui super-herói e, acima de tudo, fui criança.

Tudo era mais simples naqueles tempos.
Um terreno baldio, um campo de futebol.
Um punhado de meias velhas entrelaçadas, uma bola.
Uma vareta qualquer e um barbante, um arco.
Latas de óleo viravam carrinhos, cabos de vassoura transformavam-se miraculosamente em cavalos puro-sangue e, mesmo quando nada se tinha, bastava apenas um bando de guris e gurias e pronto, a magia estava criada. A magia era maior naqueles tempos, mais presente, mais vívida.

Naquela época brincávamos muito de Tarzan. Morava numa casa com quintal enorme e que tinha diversos tipos de árvores frutíferas e transformávamos a velha laranjeira de farta copa e galhos generosos na casa do Rei dos Macacos e sua família. Eu era o Tarzan. Havia uma menina que, se não me engano, perdoem-me a memória traiçoeira, chamava-se Eliane, e ela era a Jane. A macaca Chita era sempre um gurizinho branquela de rosto sardento que de Chita mesmo, nada tinha – a imaginação de uma criança é um poderoso afrodisíaco para as brincadeiras. E, por aí vai, aparecia mais um, era o Boy, o filho do Tarzan; mais outro, o Jim das Selvas; outro qualquer, sem problemas, Daniel Boone. Não faltavam personagens, não faltavam lugares na velha laranjeira, não faltava boa vontade para que todos brincassem.

Eram tempos onde a pureza, a ingenuidade, a solidariedade, a generosidade ainda andavam entre os homens, sobretudo nas crianças, espalhando sorrisos e camaradagens.

Ainda lembro-me dos meus poderosos gritos de Tarzan, bem ao estilo Weismüller, pulando de galho em galho e subindo em outras árvores para buscar frutas – era a regra, cabia ao Tarzan alimentar todo mundo. Delicioso era chupar fruta tirada na hora do pé...

Oh! Tempos bons aqueles. Morria-se uma dezena de vezes ao dia, nas brincadeiras, e ressuscitava-se outras tantas. A violência era somente uma sugestão, vencer e perder eram dois lados de uma mesma moeda, tanto um como outro ajudavam na nossa formação. Hoje, quando vejo as crianças atoladas em Playstations e MPs qualquer coisa, sinto algo que se parece com compaixão por elas. As crianças de agora jamais serão crianças como as de ontem e, os heróis “modernos”, jamais possuirão o romantismo que vestia os paladinos de minha infância.

Perdoem-me a nostalgia, mas sinto em meu peito nascer forte o Tarzan, o rei dos quintais que fui um dia e chamar-me-ão de louco toda a minha vizinhança, mas, por essa alegria súbita e pueril, pago esse preço sem pestanejar.
Abro o diafragma, limpo a garganta, estufo o peito, olho firme para o horizonte e....






ÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔHHHHHHHHH!!!!!

sábado, 9 de janeiro de 2010

TODOS OS CAMINHOS DA MULHER...


No corpo de uma mulher tem tantos segredos
E nestes existem tantas sensações que, um homem,
Jamais, mesmo que dedique toda uma vida
Decifrará todos eles.
Esta é a missão mais gloriosa do homem,
Conhecer por inteiro o corpo de uma mulher.


Não existem mapas, GPS ou bússolas
Que ajudará o homem nesta busca.
Ele se moverá apenas por seu instinto, mais nada,
É um trabalho de peregrinação,
Caminhada lenta e embrenhante
Que o levará a lugares tão maravilhosos
Que o homem se embebedará com o néctar
De sua própria fascinação.


No corpo de uma mulher estão todas as lendas e mitos,
Estão lá a perdição, a danação e a loucura
E o homem deve conhecê-los todos e respeitá-los.
Se assim o for, doce será sua jornada
Sobre o corpo de uma mulher,
Seus caminhos serão suaves e lindos
E será abençoado com sensações e emoções
Que somente os deuses degustam.


Oh! Bela geografia é o corpo de uma mulher!


Relevos que levam ao Olimpo.
Planícies onde se deposita o cansaço da jornada.
Cascatas para banhar o corpo.
Cavernas para embrenhar-se com fúria e paixão.
Clareiras para regaço do mais suave dos descansos.
E um coração que é o mais belo entre todos os palácios.


No corpo de uma mulher estão todos os segredos
Que um homem jamais saberá quais são.
Este, enfim, é o mistério maior entre eles!
Os segredos todos ocultos no corpo da mulher,
E o homem os buscando, todos os dias, horas e minutos
De sua curta vida terrena.
Um homem deveria ter duas vidas para viver,
Para descobrir todos os segredos do corpo de uma mulher!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

AMOR E POESIA


Fez-lhe amor como a um devasso,
Como se fosse virgem e ingênuo!
Delicado, antes!
Selvagem, depois!
Arrancou dela sorrisos,
Gemidos,
Uivos,
Um grito, dois gritos,
Uma lágrima de prazer intenso!
Ele próprio, sentindo tudo isso!
E, colocou-a para relaxar,
As costas nuas
Repousando tranqüilas
No sossego do pós-amor.
Empunhou em sua mão
Uma caneta.
Riscou o nome dela em
Suas costas macias e lisas.
Ela, acordou, assustada.
Calma, amor!
Sussurrou com um beijo
Ao seu ouvido.
E escreveu em seu corpo,
Um poema!
Marcou-a com amor!
Marcou-a com poesia!
Excitada, ela pediu mais...
Ele, perguntou-lhe: Poesia?
Não, ela respondeu: Amor!!!
Olhou-a nos olhos...
Soltou a caneta...
Deitou-a...
A amou... A amou...
Enquanto recitava-lhe o poema!
E o êxtase atingiu a ambos, juntos...
Um êxtase feito de amor e poesia...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

LA “CUCARACHA”

Ia subindo pela rua escura quando, de repente, deparei-me com uma enorme “cucaracha” que ficou lá, no centro da calçada, a olhar para mim de forma ameaçadora. Suas longas antenas balançavam reconhecendo o ambiente, as pernas todas poderosas espreitavam qualquer possível movimento meu, e sua casca marrom brilhava refletindo uma pálida luz de mercúrio.

Nunca houvera visto uma “cucaracha” como aquela. Seu porte trazia uma energia e tenacidade incomuns, seus olhos brilhavam intensamente e pareciam percrustar-me. Confesso, no primeiro instante, senti temor...

Percebi que ela não tinha medo de mim. Isso me incomodou. Ela não se desesperava e continuava ali naquela posição altiva e algo elegante que feria diretamente minha dignidade. Tinha que fazer alguma coisa... Lembrei-me das muitas tardes assistindo Karate Kid e preparei o terrível golpe da garça. Levantei meus braços, deixe-os numa posição adequada acima dos ombros para contribuir no equilíbrio, ergui minha perna esquerda acumulando energia para o poderoso golpe que desferiria com o pé direito, sentia-me o próprio Ralph Macchio.

La “cucaracha” pressentiu o perigo que passava, voltou suas costas para mim por um instante, caminhou até um banco de concreto que estava por ali de bobeira, subiu nele, olhou-me afetivamente e com uma de suas patinhas bateu três vezes no assento de concreto convidando-me para sentar ao seu lado.

A gentileza desarma os homens e os brutos.

Dei de ombros, após olhar para os lados, poderia ser meio constrangedor alguém me ver sentado ao lado de uma barata, sentei-me e ela confabulou conversas variadas comigo, arrazoou sobre Maquiavel e alguma coisa de Marques de Sade. Inclinei-me acreditar que esta minha amiga “cucaracha” era meio patife.

Falamos por fim de política brasileira e seus artefatos: meias, cuecas e panetones. Ela mostrou-me a verdade sobre esse tema como se a verdade caminhasse ao seu lado. Ela descreveu os políticos brasileiros com tanta fidelidade e convicção que a conversa virou um monólogo.

Compreendi, finalmente, que ninguém entende mais de políticos brasileiros do que as baratas... E fiquei escutando-a madrugada adentro enquanto ela fumava um roliço charuto cubano!!!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

OS SONHOS VÊM COM O CREPÚSCULO

Ele nunca soube de verdade, de onde ela vinha.
Chegava sempre aos finais das tardes, entrava algo circunspecta, tirava o sobretudo, as roupas elegantes e, sem qualquer palavra apresentava-se nua.

Abria os braços então, sorria, deitava-se na cama, fazendo deste ato um convite, e fazia amor com ele, urgente primeiro, sempre, como se precisasse matar a fome e saciar-se; manso e delicado depois, sempre, como se amar para ela fosse igual ouvir uma bela sinfonia.

Ele preparava alguma coisa depois, um pequeno jantar que ela devorava com satisfação. Eram refeições silenciosas, com pouca conversa, para não dizer nenhuma, ela não falava muito e ele respeitava isso. Ao terminar, ele depositava a louça na cozinha, colocava Sinatra e outros bichos maravilhosos no som e dançavam um pouco na sala, bebericando goles de um bom vinho em uma bela taça de cristal.

Noutro instante, que surgia do desejo da paixão, amavam-se novamente sobre um grosso carpete no chão da sala, um amor feito de muitos entretantos e um certeiro finalmente. Ela gemia aos seus ouvidos seu gozo e seu testemunho de amor, e ele lhe entregava com afeto e caricias a prova maior de sua devoção por ela.

Somente então conversavam, ela se permitia, ele a escutava e retribuía. Falavam sobre filmes, livros, viagens, músicas, quadros e seus grandes mestres, comida, predileções pessoais e comuns aos dois, riam de algumas tolices, cantavam e dançavam juntos e, simplesmente, ficavam abraçados e deitados tentando o impossível, segurar o tempo que corria lá fora, batendo na porta deles com urgência, chamando-os para a realidade que ambos queriam renegar.

E, quando a noite ainda se exibia exuberante em sua infância, ela se levantava, vestia-se, dava-lhe um caloroso beijo de adeus e partia, sem promessas, sem compromissos, apenas a certeza de que amava e era amada.

Ele sofria... Queria-a intimamente, todavia, calava-se, sabia que, por qualquer motivo, somente assim ela poderia entregar-se para ele: totalmente, às vezes; e, nunca, para todo o sempre.

Fechava a porta, sentava-se no sofá e a lágrima da despedida misturava-se com um sorriso que refletia uma certeza que nascia de seu coração: Ela voltaria!!!