sexta-feira, 28 de março de 2008

À quem interessar possa informo que as minhas próximas empreitadas de leituras literárias serão O MUNDO DE SOPHIA, A SOMBRA DO VENTO e O DIÁRIO DE ANNE FRANK (uma revisita).

Estou ansioso para que eles cheguem!

Estou ansioso para tê-los em minhas mãos!

Estou como o amante que espera a amada para fazer-lhe amor....

Livros, um prazer sem igual, uma paixão extraordinária!

terça-feira, 25 de março de 2008

QUANDO A MORTE CHEGA...


Encostado ao balcão bebia e fumava. Tossiu longamente.
Ao seu lado, alguns amigos que se entretinham em preencher o tempo de vazio. Uma música distante e triste entupia o ambiente de melancolia.
Olhou para a porta do bar e a viu, seu olhar cravado no seu, vestindo um excitante vestido negro, os cabelos negros e lisos escorrendo em cascata pela bela cabeça e banhando os seus dois ombros nus.
Ela era linda, como havia de ser. Sentiu-se aliviado por vê-la definitivamente, por vê-la tão bela e tão gentil para com ele. Os outros também a viram, num primeiro momento, sentiram um frio na espinha, depois, cativaram-se talvez pela beleza dela, talvez pelo seu sorriso frio e enigmático, talvez por esta estranha vontade que as vezes todos nós sentimos de abandonar tudo e simplesmente descansar, fugir para o desconhecido à procura de um porto seguro.
Ele avançou para ela, e ela o recepcionou num abraço longo e demorado, não havia lágrimas, não havia tristeza, seu carinho abrandava todos os sofrimentos – tossiu num lenço branco e ele se manchou de vermelho. Ela passou a mão em seus cabelos, sorriu para ele, deu-lhe o seu braço que passou sob o seu, e saíram para a rua, abandonando o bar e seus visitantes aos seus pensamentos e meditações mais diversas possíveis. O silêncio oleoso grudava nas pessoas e nas coisas e não queria mais se soltar.
Um dos homens num ímpeto, correu para a calçada, chegou à frente do amigo e da visitante. Olhou-a profundamente, estendeu sua mão para ela, como se a convidasse para levá-lo também na jornada. Ás vezes, a dor que sentimos é tão grande, o vazio que levamos no peito é tão profundo que nos sentimos pequenos diante de nossos problemas e somente atos desesperados e insensatos surgem para se solidarizar conosco. A rotina e o cotidiano estão de tal forma mergulhados numa mesmice mesquinha que torna nossa vida descartável para a felicidade, para as possibilidades que somente o futuro oferece. A moça de negro não era o futuro, ela era a curva final de toda existência, era o ponto final da história de toda a humanidade. Mesmo assim, mesmo sabendo disso, o homem também queria abraçá-la.
O amigo o impediu. Não se traduzia sua atitude num ato de beligerância. Ele simplesmente sabia que o destino marca suas horas, e a do amigo, ainda não havia chegado.
Então se viraram e ganharam a rua. Lado a lado, unidos por seus braços, determinadamente subindo a rua. Ela toda linda em seu caminhar, e ele ao seu lado, esvaziado de si mesmo. Sumiram da vista do amigo na calçada e de toda a existência na curva descendente da ladeira que se formou à frente de ambos, não antes de todos ouvirem, pela ultima vez, sua tosse longa e forte... Um bizarro jeito de dizer adeus!
O sol já nascia e os homens pediram uma ultima bebida no balcão, todos eles entretidos com a vida, mergulhados numa rede de pensamentos sobre sua existência.
A vida são incertezas, pensaram todos, mas a morte, ah! A morte é a primeira certeza entre todas...

segunda-feira, 24 de março de 2008

Há quem visite meu blog para pesquisar coisas que por ventura venha acontecendo comigo, com meus sentimentos, com meus desejos e, depois, entregar isso numa bandeja para outras pessoas.

Para tí, oh pobre de espírito, entrego-te a autorização para fuçar o quanto quiser o blog, o orkut, minha vida, e tudo o mais que quiseres, pois não me conheces e não sabes o que sinto, jamais saberás.... és incapaz para tanto!

Não consigo sentir raiva de tí!
Não mereces meu ódio... entrego-te apenas minha compaixão!

És pequeno, meu querido(a), és pequeno e jamais verás as estrelas!

E, por gentileza, continue falando de mim... porque fui feito para isso mesmo, para o protagonismo enquanto tu, sei lá quem tu és, fostes feito para este trabalho underground, no porão, no escuro...

Que Deus te abençoe e que consigas enxergar a irrelevância do teu papel e venhas para um novo nível, um degrau acima, onde as pessoas cuidam das próprias vidas e não tem tempo para cuidar da vida alheia!

E, te digo, tudo o que aqui é postado, representa diferentes épocas, nada é tão inédito assim, nada é tão novidade assim... tem apenas valor literário, para mim e os diversos amigos e amigas que me visitam que gostam do meu texto e de minhas idéias... Somente isso, nada mais!

Meu blog, não é um diário!
Mas é inteligente não é, já deves ter percebido isso!!!!!

E se eu tivesse o que esconder, não o iria faze-lo num blog que recebe dezenas de visitas por dia, vindas de todas as partes e aberto para o público em geral, não achas.... Ainda que reconheça que sou um tanto ingênuo, minha tolice não chegou a este graú cinco estrelas!

Durma bem esta noite, e em todas as demais, que tua felicidade seja do tamanho de tua lingua: GRAAAAAAAAAAAAAAAAANNNNNNNNDDDDEEEEEEEE!!!!!

sábado, 8 de março de 2008

Fragmentos do diário NUNCA escrito por mim

Hoje estou triste... Triste demais!
Ultimamente esta tem sido minha vida, estar triste!
Ah, tristeza, serás tão profunda assim, poço sem fundo...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Acabei de ler o livro A MENINA QUE ROUBA LIVROS, do escritor australiano MARKUS ZUSAK, assim, ainda estou sob o impacto da emoção da leitura e cachoeiras de lágrimas ainda me descem dos olhos.
O Livro é lindo!
Lindo por que ele ama as palavras e mostram o seu poder em todo o esplendor - para bem e para mal!
Eu também amo as palavras, da mesma forma como LIESEL MEMINGER, e descobri que elas nos traz o melhor e o pior: no primeiro caso, fazendo-nos melhores do que realmente somos; na segunda questão, levando-nos para caminhos tortuosos que envergonham a nossa humanidade.
Trecho do livro:
"Provavelmente, é lícito dizer que, em todos os anos do império de Hitler, nenhuma pessoa pôde servir ao Führer com tanta lealdade quanto eu. O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um circulo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A conseqüência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas. Mas eles têm uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom sendo de morrer."
pg.426, 2007
A narradora do livro é a morte, assim, parece-me óbvio que quem narrou este trecho acima é a própria morte.
Teria muito mais a dizer, mas fica para outra oportunidade, agora é chegada a hora de digerir toda a emoção do climax deste livro estupendo.
O que resta é a recomendação e a sentença.
Leiam-no. Façam-se melhores!